Poeira, pelos de animais e mudanças de temperatura são apenas alguns dos vários gatilhos que podem acionar uma crise entre pessoas que sofrem de rinite alérgica. A condição não tem cura e seus sintomas normalmente são aliviados com uso pontual de medicamentos antialérgicos – mas, para quem tem muito incômodo, há uma alternativa ainda pouco conhecida: a vacina para rinite.
Como funciona a vacina contra rinite alérgica
Conforme explica Renata Becker Xavier, otorrinolaringologista do Hospital IPO (Insituto Paranaense de Otorrinolaringologia), a vacina para rinite, apesar de pouco conhecida, é um método efetivo para a redução dos sintomas do problema, especialmente quando não é possível afastar completamente o agente causador da alergia.
De acordo com a médica, o imunizante faz com que o organismo aumente a produção de anticorpos contra o causador de alergia. Desta forma, quando houver contato com o patógeno, a reação diminuirá. Além de auxiliar no combate à rinite, a vacina também pode ser utilizada em casos de asma e no tratamento de alergias de pele.
Considerada uma ferramenta terapêutica, a vacina antialérgica é personalizada e produzida de acordo com os fatores alergênicos e intensidade da doença no paciente. Por isso, é de extrema importância a consulta com um especialista de confiança, explica Renata.
O tratamento com o imunizante dura três anos e, após o seu fim, é possível ter resposta positiva por até sete anos. A vacina é sublingual, pode ser administrada em casa pelo próprio paciente e, em geral, é usada três vezes por semana.
Segundo a especialista, se a paciente que já está no processo do uso das vacinas engravidar, o tratamento não precisa ser interrompido e o feto pode desenvolver imunidade à alergia também.
Os pacientes que têm interesse no tratamento precisam procurar um otorrinolaringologista para ter o diagnóstico correto. Em seguida, o pedido de elaboração das vacinas será encaminhado a laboratório confiável para fabricação e uso.