Já reconhecida e definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) anteriormente, a síndrome pós-Covid ou Covid longa teve, recentemente, mais detalhes descobertos a seu respeito. Em um novo estudo, cientistas listaram 62 sintomas identificados com mais frequência entre quem teve a infecção pelo SARS-CoV-2 do que entre pessoas que não tiveram a doença – e, entre eles, há até disfunções sexuais.
Sintomas de Covid longa: estudo identifica novos sinais
Publicado recentemente no periódico “ Nature Medicine” e elaborado por pesquisadores do Reino Unido, o estudo em questão examinou uma vasta base de dados sobre pacientes que tiveram Covid, mas não foram hospitalizados. Os casos analisados ocorreram entre janeiro de 2020 e abril de 2021 – e, ao estudá-los, os pesquisadores identificaram dezenas de sintomas que persistem após o fim da infecção, ou seja, que podem compor um quadro de Covid longa.
Conforme definido pela OMS no site da instituição, a Covid longa ou síndrome pós-Covid “se refere à constelação de sintomas de longo prazo que algumas pessoas apresentam após ter Covid-19”. Até recentemente, profissionais citavam sintomas como fadiga, falta de ar constante e “ névoa mental” como parte da síndrome, mas, segundo o estudo, a lista pode envolver dezenas deles e inclui desde questões de pele até distúrbios sexuais.
De acordo com os pesquisadores, os sintomas em questão foram identificados com mais frequência entre pessoas que tiveram Covid do que entre quem não teve. De forma surpreendente, além da fadiga, da febre e da falta de ar, a lista de sintomas mais comuns cita também dificuldade para ejacular, queda na libido e queda capilar.
Ainda que em menor frequência, mais sintomas inusitados apareceram no levantamento, incluindo:
- Inchaço dos membros;
- Dor de ouvido;
- Incontinência intestinal;
- Perda de peso;
- Gastrite;
- Anorexia;
- Ressecamento da pele;
- Coceira;
- Alteração na aparência das unhas;
- Secura nos olhos;
- Dificuldade de urinar e esvaziar totalmente a bexiga;
- Tontura;
- Vertigem.
