Jovem com a “maior dor do mundo” está em um novo tratamento, e a 2ª etapa dele consiste no implante de neuroestimuladores que “anestesiam” a região afetada
Após 11 anos convivendo com a dor da neuralgia do trigêmeo, vista como uma das piores existentes, Carol Arruda avançou no novo tratamente. Após um período de sedação para interromper a dor, ela fez uma cirurgia para implantação de neuroestimuladores no crânio – e usou o TikTok para dar notícias após o procedimento.
Carol Arruda passa por cirurgia para tratar “maior dor do mundo”

Testando mais um tratamento para a neuralgia do trigêmeo, Carol Arruda, influencer que ficou conhecida por ter “a maior dor do mundo”, está se recuperando de uma cirurgia.
Após diversos procedimentos que falharam, Carol passou a ter o acompanhamento do especialista em dor Carlos Marcelo de Barros na Santa Casa de Alfenas (Minas Gerais), centro de referência em dor crônica. Na primeira etapa do novo tratamento, ela ficou sedada durante alguns dias – e, agora, implantou neuroestimuladores no crânio.
No TikTok, a jovem deu detalhes do procedimento na véspera da cirurgia, afirmando que haveria certas particularidades nele. Segundo ela, o uso desses implantes para tratamento de neuralgia do trigêmeo é raro.

“Dr. Carlos disse que são poucos relatos que existem, mais ou menos 50 no mundo. O jeito que vai ser feita minha cirurgia, a técnica de fixação e tudo mais vai ser a primeira no mundo feita assim. Estou confiante”, relatou Carol, que apareceu após a cirurgia sem falar devido à recuperação.
Agora, segundo a jovem, ela terá de ficar sem falar durante um período. No vídeo, ela também mostrou que a bochecha está inchada e exibiu locais onde foram feitas incisões durante o procedimento.
Neuroestimuladores para “maior dor do mundo”: como funcionam

Segundo informações divulgadas pelo médico de Carol, que é presidente da Sociedade Brasileira para os Estudos da Dor (SBED), a cirurgia aconteceu após um teste. Para isso, uma pequena quantidade de anestésico foi injetada próximo ao nervo trigêmeo para confirmar a origem da dor. Com isso, foi possível decidir o local onde os neuroestimuladores deveriam ficar.
O implante de neuroestimuladores é um tipo de tratamento viável para várias condições que geram dor crônica. Ele é, no entanto, indicado para casos como o de Carol, em que o sintoma não responde bem a protocolos conservadores.

Esse procedimento é uma técnica de neuromodulação em que implantes enviam impulsos elétricos ao sistema nervoso de forma a “compensar” um funcionamento problemático. A partir disso, cria-se uma espécie de anestesia local para a dor, aplicada diretamente ao ponto que a origina.
Se os implantes não surtirem o efeito desejado (de reduzir a intensidade e a frequência das crises de dor forte), porém, há ainda outras possibilidades no plano de tratamento. A jovem está realizando todas essas etapas de forma gratuita.