Afinal, a depressão pode voltar? Veja o relato do sacerdote e entenda o que leva isso a acontecer
Durante um evento recente, o padre Fábio de Melo comunicou os fãs sobre um momento de fragilidade mental e emocional. O religioso, que nunca escondeu os problemas de saúde mental que enfrentou no passado, afirmou que está novamente lidando com um quadro depressivo. Mas, afinal, quando e por que a depressão pode “voltar”? Entenda abaixo.
Padre Fábio de Melo relata volta da depressão
Sempre aberto quanto à própria saúde mental, o padre Fábio de Melo fez uma revelação quanto a isso recentemente. Durante um evento em Pernambuco, ele aproveitou para desabafar sobre estar, mais uma vez, lidando com um quadro depressivo.

“Quero abrir meu coração. Ao longo dessas últimas semanas, a depressão tomou conta de mim de novo. Ao longo dessas semanas, eu só tenho um pensamento: a vontade de deixar de viver”, disse ele, trazendo um tom mais otimista à fala após o desabafo sobre a fragilidade emocional.
“Proclamo hoje que estou nascendo de novo, e que esse é o primeiro minuto da minha nova vida”, declarou o sacerdote, que já falou outras muitas vezes a respeito dos conflitos relacionados à saúde mental.
Recidiva de depressão: por que ela pode voltar?

Segundo informações do National Institute of Mental Health, órgão norte-americano, a depressão é uma condição e saúde crônica. Ao tratá-la, o que se busca é a remissão – ou seja, ausência total ou satisfatória dos sintomas. Chegar à remissão pode indicar a possibilidade de finalizar o tratamento, mantendo apenas acompanhamento, ou a de mantê-lo para garantir a durabilidade do sucesso.
Após um período de remissão, com ou sem tratamento contínuo, porém, a depressão pode voltar. Isso é, inclusive, comum; segundo dados da American Psychiatric Association, 50% dos pacientes com depressão vivem um novo episódio da doença dentro de um período de 5 anos desde o primeiro. E há uma série de fatores que contribuem com isso.

A depressão pode voltar, por exemplo, a partir de situações como:
- Adesão apenas parcial ao tratamento (uso errático de medicamentos ou falta de comprometimento com o processo terapêutico em geral);
- Gatilhos como luto por perdas grandes (de um ente querido ou uma casa, por exemplo), questões financeiras, diagnóstico de uma doença grave, entre outros fatores.
Além disso, fatores genéticos e até a natureza do tipo de depressão do paciente podem favorecer a ocorrência de uma recidiva. Alguns quadros são mais propensos à repetição.
Como se trata uma depressão recidivante?

Segundo informações da Mayo Clinic, o tratamento de um quadro depressivo recorrente utiliza ferramentas parecidas com as usadas no tratamento de um quadro primário. Isso significa que o foco fica na psicoterapia, no uso de medicamentos (quando necessário) e em criar estratégias de prevenção. O último tópico inclui alterações na rotina, técnicas calmantes, entre outras questões.
Também é importante que pacientes com depressão, mesmo em remissão, mantenham isso em prática. A qualquer sinal de que algo pode estar acontecendo, indica-se retomar estratégias que já foram benéficas e acionar os especialistas envolvidos no quadro.