Um estudo observacional observou uma relação indireta da solidão com uma série de condições de saúde como obesidade, diabetes tipo 2, entre outras
Recentemente, um estudo publicado no periódico Nature voltou a avaliar os efeitos da solidão na saúde humana. Desde 2023, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que existe uma “epidemia de solidão” – e, segundo o estudo mais recente, ela está indiretamente relacionada a 20 condições de saúde.
Solidão é fator de risco para dezenas de doenças

O estudo em questão, elaborado pela Universidade Médica de Ghangzhou, na China, avaliou dados de uma base biomédica britânica coletados durante um período de mais de 12 anos. Entre 26 doenças – divididas entre respiratórias, infecciosas, cardiovasculares, endócrinas, mentais e mais –, 20 apresentaram determinado nível de relação com uma vida solitária.
Essa relação não foi de causa e efeito – ou seja, não é direta. Ainda assim, a solidão representa um fator de risco para o aumento das chances de se desenvolver certas doenças. Isso inclui, por exemplo, diabetes tipo 2, doenças renais, neurológicas, obesidade, entre outras.
Por que a solidão aumenta riscos de problemas de saúde?

As suspeitas são de que a solidão é capaz de intensificar reações biológicas que decorrem de questões comportamentais. Quando solitária, uma pessoa pode, por exemplo, lidar com níveis elevados de estresse e ter menos motivação para realizar tarefas diárias ou engajar na prática de exercícios físicos, por exemplo. Tudo isso contribui para um organismo mais vulnerável.
Uma vida solitária também está ligada a hábitos como o tabagismo, por exemplo, que tem ligação direta com diversas doenças. Além disso, a solidão pode estar ligada a outros fatores – como socioeconômicos e relacionados à saúde mental – que intensificam os riscos de certas doenças.