Antes do licenciamento da vacina contra rotavírus, dados da Organização Mundial da Saúde mostram que, no ano de 2004, o rotavírus foi o causador de cerca de 500 mil mortes de crianças na faixa etária dos 0 aos cinco anos de idade, tornando-se um problema de saúde pública.
De acordo com o relatório do impacto global da doença, em 2016 houve 128.500 mortes pela virose no mesmo grupo etário. Estima-se que 28 mil mortes foram evitadas pela vacinação e ainda que 83.200 poderiam ter sido salvas se a cobertural vacinal completa tivesse sido atingida naquele ano.
O agente infeccioso costuma se manifestar em crianças, mas pode infectar pessoas de qualquer idade, ainda que de maneira branda ou assintomática. Confira as principais dúvidas sobre o rotavírus.
Rotavírus: o que é?
Segundo o Ministério da Saúde, o rotavírus é um vírus de RNA da família Reoviridae e um dos principais causadores de doenças diarreicas agudas em crianças menores de 5 anos ao redor do mundo.
Ainda segundo a entidade de saúde, existem sete grupos de rotavírus, mas apenas três deles causam a gastroenterite aguda.
Apesar da manifestação do rotavírus ser mais comum em crianças, todas as faixas etárias estão sujeitas a infecção. Vale lembrar, também, que recém-nascidos costumam passar por quadros de infecções leves e muitas vezes assintomáticas.
Rotavírus: sintomas e transmissão
A contaminação por rotavírus pode não gerar nenhum sintoma em pessoas adultas, mas é muito comum em crianças.
Quando ela dá indícios, a pessoa ou o responsável deve se atentar a episódios repentinos de vômitos, diarreia com aspecto aquoso bem como febre alta. Em suas formas mais graves, o agente infeccioso pode provocar desidratação, febre alta, e em raros casos, morte.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em 2004, a maioria das delas aconteceu em países em desenvolvimento e as principais vítimas foram crianças até os 5 anos de idade.
Com período de incubação de aproximadamente dois dias, o rotavírus é transmitido por via fecal-oral, por meio de água, alimentos e objetos contaminados e ainda por meio de aerossóis.
Diagnóstico e tratamento
Vale ressaltar que o rotavírus é um agente infeccioso que se aloja nas fezes da pessoa infectada, e por isso o diagnóstico pode ser feito por meio da análise deste material.
Como a doença geralmente é autolimitada, ou seja, cura-se sozinha, o tratamento costuma ser feito por meio da reposição dos líquidos perdidos pela diarreia e pelo vômito, além da reposição de nutrientes por meio de uma dieta balanceada.
Vacina contra rotavírus e outras formas de prevenção
A administração da vacina contra rotavírus é uma das principais medidas recomendadas para prevenir a infecção pelo agente na infância.
Ela deve ser associada em duas doses exclusivamente por vias orais, sendo a primeira dela aos 2 meses de vida, e a segunda aos 4.
Outras indicações do Ministério da Saúde para evitar o quadro são manter uma boa higiene das mãos e dos alimentos, realizar a limpeza de superfícies e evitar a utilização de águas de rios e riachos, já que podem estar contaminadas.
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