Apelidado de “pulga” na juventude, Lionel Messi tem uma estatura considerada baixa para um jogador de futebol. Apesar disso ser sabido, porém, muita gente não sabe que a altura de Messi se deve a um distúrbio de crescimento contra o qual ele começou a lutar com apenas nove anos, tudo para poder viver o sonho de ser um grande craque nos gramados.
Lionel Messi tratou distúrbio de crescimento na infância
Apesar de demonstrar talento para o futebol desde cedo, a altura de Lionel Messi era algo que chamava atenção de profissionais que o cercavam no início da carreira. Isso porque, na época, ele tinha uma estatura menor que o esperado para sua idade – e, aos nove anos, isso o levou ao consultório do médico endocrinologista Diego Schwarzstein.

Em entrevista à Rede Globo para o documentário “Mundo Messi”, exibido em 2012 no “Esporte Espetacular”, Schwarzstein afirmou que, quando atendeu Messi aos nove anos, o jogador tinha cerca de 1,25 m de altura, e sonhava em “crescer para jogar futebol”.
Foi então que, sob a avaliação cuidadosa do médico, Messi teve o diagnóstico de deficiência do hormônio do crescimento (DGH), problema que, segundo informações da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), afeta cerca de uma criança a cada 4 mil (e é, portanto, considerado um distúrbio raro).

Diante do diagnóstico, Messi deu início então a um tratamento que exigiu dele muita perseverança. Isso porque, ainda hoje, o único tratamento disponível para DGH é a aplicação do hormônio do crescimento de forma subcutânea – e, conforme relatado por pessoas próximas ao documentário, o próprio jogador aplicava a injeção diária, algo que fez durante quatro anos.
Deficiência do hormônio do crescimento (DGH): sintomas, causas e mais
Segundo a SPSP, a deficiência do hormônio do crescimento é uma deficiência hipofisária ou hipopituitarismo – ou seja, um problema que tem relação com a hipófise. Nestes casos, a produção de hormônios liberados por esta glândula fica comprometida, e, no distúrbio de Messi, o hormônio de crescimento é o afetado.

O DGH pode ser congênito, causado por questões genéticas, ou adquirido, causado por questões como tumores, infecções, traumas ou cirurgias relacionadas ao sistema nervoso central. Ela pode aparecer sozinha ou associada a outras deficiências hipofisárias, e é de difícil diagnóstico porque requer uma série de exames para que haja confirmação.
Desde 1985, o uso da chamada somatropina (hormônio de crescimento humano recombinante) é a única possibilidade de tratamento para DGH, tudo com o objetivo de proporcionar à criança um crescimento físico e mental saudável, aproximando-a dos parâmetros calculados com base, por exemplo, na altura dos pais.
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Segundo a Fiocruz, os sintomas de DGH envolvem baixa estatura e baixa velocidade de crescimento na infância (em contraste com os parâmetros esperados para cada idade), cabelos finos, voz estridente e dentição atrasada.