A diabetes é um mal que atinge mais de dez milhões de brasileiros, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Um dos grandes responsáveis pela tamanha incidência da doença no Brasil é o descuido com a alimentação. Ainda que existam diversas recomendações e tratamentos para manter a diabetes sob controle, caso não seja devidamente tratada ela pode levar a quadros graves de saúde, até mesmo à morte. Por esse motivo é fundamental dar atenção para hábitos saudáveis, para recomendações médicas e, buscar meios de amenizar o quadro.
Jejum intermitente para diabetes
Um dos principais tratamentos para equilibrar os níveis de açúcar no sangue de um diabético é uma alimentação rigorosamente controlada, seja em quantidade e qualidade de alimentos, como em horários para as refeições. No entanto, um estudo da Universidade do Sul da Califórnia nos Estados Unidos, publicado na revista científica Cell, mostra uma relação positiva entre o jejum intermitente e o bom funcionamento do pâncreas – o que, como consequência, equilibra o índice glicêmico do sangue e ajuda no tratamento da diabetes.
O que é o jejum intermitente?
A técnica de jejum intermitente é usada por pessoas que querem perder peso e consiste em intercalar períodos de jejum com outros de alimentação. O chamado protocolo 16/8 é um dos métodos mais conhecidos de jejum e consiste em fazer refeições normais durante 8 horas do dia e ficar sem comer nada pelas próximas 16 horas.
Apesar de associarem esse tipo de regime a benefícios para diabéticos, os pesquisadores reforçam, porém, que as pessoas não devem experimentá-lo sem acompanhamento médico, já que o estudo está em fase probatória, que foi testado em ratos de laboratório.
O estudo
Na pesquisa, os ratos de laboratório foram submetidos a um regime similar ao do jejum intermitente durante cinco dias. A alimentação baseou-se em alimentos de baixa caloria, poucas proteínas, baixos carboidratos e uma riqueza de gorduras insaturadas, como azeite de oliva, óleo de milho, salmão, oleaginosas e abacate, por exemplo.
Após o período de cinco dias os animais foram observados e analisados por mais 25 dias com uma dieta sem restrições. O resultado do experimento científico foi a regeneração celular do pâncreas dos ratos, sendo que este passou a liberar insulina conforme necessidade, o que torna a pesquisa satisfatória para diabetes tipo 1 e 2.
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