A filha de Cazarré nasceu com uma anomalia no coração e já está passando 20 minutos diários respirando sem auxílio
Desde que nasceu, Maria Guilhermina, quinta filha de Cazarré e Leticia, precisa de cuidados médicos diários. A pequena tem uma cardiopatia congênita, passou por várias cirurgias e, devido a sequelas, utiliza sonda para alimentação e um respirador ligado à traqueostomia. Em breve, porém, essa realidade deve mudar, segundo a mãe da nenê.
Filha de Cazarré treina para respirar sem aparelhos
Usando a ferramenta Stories do Instagram, Leticia mostrou recentemente parte do treino que Maria Guilhermina faz diariamente na fisioterapia. Todos os dias, a pequena fica sem o respirador durante um intervalo de 15 minutos – e, no dia em que a stylist filmou, a pequena havia passado 20 minutos sem ele.
“A Guilhermina está fora do respirador, mas por enquanto a gente está só treinando. São 15 minutos por dia”, disse ela, e a fisioterapeuta da bebê deu detalhes. “Ela está saturando 97, está linda!”, disse ela se referindo ao nível de oxigenação do sangue, cujo normal é estar entre 95% e 100%.
Segundo Leticia, Maria Guilhermina tem passado pelo processo com sucesso. “Sem ficar com o coração acelerado, está muito tranquila. É isso que a gente quer, a gente está há dois anos trabalhando para isso, para ela sair do respirador. Muito em breve ela vai sair”, comentou a mãe da pequena.
Relembre o quadro da filha de Cazarré
Maria Guilhermina, quinta filha de Juliano Cazarré e Leticia, nasceu em junho de 2022 com uma cardiopatia congênita. Ainda na gestação, médicos diagnosticaram nela algo chamado Anomalia de Ebstein, doença na qual há uma anormalidade na implantação de uma das principais válvulas cardíacas.
Devido ao fato da válvula estar no lugar errado, a oxigenação do corpo acaba comprometida de forma geral. No caso de Maria Guilhermina, que nasceu com o problema, o caso é grave e bebês com essa questão costumam passar por cirurgias logo que nascem – como aconteceu com ela.
Maria Guilhermina chegou a fazer uma cirurgia para corrigir a implantação da válvula, além de diversas outras operações complexas. Em uma delas, a menina teve uma parada cardiorrespiratórias que a deixou com sequelas motoras. Por isso, a bebê faz fisioterapia e outras terapias de reabilitação para melhorar seus movimentos, respiração e mais.
Segundo a cardiologista pediátrica Juliana Rodrigues Neves, diretora do Departamento de Intervenções em Cardiopatias Congênitas da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHC), essa anomalia é rara, ainda mais em sua forma neonatal. Ainda de acordo com ela, pessoas podem conviver com esse problema, mas é esperado que passem por alguns procedimentos ao longo da vida.