Apesar de inicialmente ter sido comercializado como uma alternativa supostamente mais segura ao cigarro tradicional, o cigarro eletrônico já deu várias provas de que não é tão inocente quanto se imaginava.
Pouco se sabe ainda sobre os prejuízos à saúde do uso desse tipo de dispositivo no longo prazo, mas um recente estudo mostrou que, entre usuários de cigarro eletrônico, o diagnóstico de câncer ocorre quase 20 anos antes do que nos fumantes convencionais.
Fumantes de cigarro eletrônico podem ter câncer mais cedo
De acordo com o trabalho científico publicado na revista World Journal of Oncology, o uso desse aparelho aumenta o risco de tumores. O estudo foi conduzido por pesquisadores de diversas universidades americanas e contou com informações de 154.856 pacientes, coletadas entre 2015 e 2018.
Os resultados mostraram que pessoas que usam cigarro eletrônico têm menor prevalência de câncer em comparação com o tabagismo tradicional. Por outro lado, elas foram diagnosticadas com a doença em uma idade mais jovem: em média aos 45 anos, contra 63 nos fumantes tradicionais.
O levantamento ainda aponta que tumores mais comuns entre usuários de cigarro eletrônico são diferentes daqueles observados em pessoas que fumam cigarro tradicional. Os tipos de câncer mais frequentes entre esse público foram os cervical, de pele, de tiroide e leucemia.