Homem teve um tumor na cabeça após anos de prática intensa do “headspin”, movimento muito conhecido dessa modalidade de dança
O breaking (breakdance) é um estilo de dança urbano muito conhecido há anos. O que muita gente não sabe – e que um relato de caso recente evidenciou – é que um dos movimentos mais famosos da modalidade, o “headspin” (ou “giro de cabeça”), pode criar uma espécie de tumor no couro cabeludo após anos de prática. Entenda abaixo:
Tumor na cabeça após prática de dança: especialistas relatam caso
Publicado no periódico científico BMJ, o relato de caso foi feito por especialistas em neurocirurgia da Dinamarca, e o quadro do paciente consiste em um tumor no couro cabeludo. O paciente, na faixa etária dos 30 anos, praticava breaking há quase 20 anos, e passou cinco praticando o “headspin” de forma intensa.

O “headspin” ou “giro de cabeça” é um movimento no qual o dançarino encosta o topo da cabeça no chão, o sustentando dessa forma enquanto gira. Devido ao apoio necessário dos braços, é comum que quem pratica o movimento tenha Síndrome do Túnel do Carpo. Esse problema consiste no pinçamento de um nervo no punho.
Além disso, porém, há a chance de se formar esse tumor no topo da cabeça, problema cujos relatos de caso são limitados, mas já observados anteriormente. O homem em questão procurou médicos com uma protuberância alta na cabeça, relatando vergonha e dores – e, após uma ressonância magnética identificar tecido fibrótico, ele passou por uma cirurgia.
Especialistas então operaram o homem, removendo o tumor benigno que já apresentava 2,5 centímetros de espessura. Após a recuperação, o paciente relatou melhora da autoestima e fim dos sintomas que apresentava (dor e rigidez na região). Um tumor benigno é um crescimento sem capacidade de invadir outros tecidos e, por essa característica, não é um câncer e não requer tratamentos complementares.
Como o “headspin” causa um tumor na cabeça?

Como os relatos de casos dessa consequência do treino de “headspin” são limitados, a forma como o tumor se desenvolve é relativamente misteriosa. Especialistas suspeitam, porém, que o atrito constante entre o couro cabeludo e o chão somado ao peso exercido sobre a região provoca pequenas lesões.
Conforme essas lesões vão cicatrizando, tecido fibrótico se forma. Isso, com o tempo, dá origem ao “caroço” no topo da cabeça.