Com casos já confirmados no Brasil, mais uma subvariante da Ômicron, uma das variantes da Covid-19 com maior disseminação, tem gerado dúvidas.
Batizada de BQ.1, ela ainda está sendo estudada por autoridades em saúde, mas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), já há alguns indícios de que ela tem maior evasão às vacinas – ou seja: pode infectar quem já se vacinou mais facilmente que outras subvariantes.
Variante BQ.1: o que já se sabe
Conforme pontua a OMS, a variante Ômicron do SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19, segue trazendo novos desdobramentos para a pandemia devido a suas subvariantes.
Atualmente, o que coloca as autoridades de saúde em maior atenção é o aumento no número de quadros causados por duas subvariantes específicas – e uma delas, batizada de BQ.1, já foi identificada em mais de um estado no Brasil. A confirmação mais recente da circulação da subvariante se deu no Rio Grande do Sul, segundo um comunicado emitido pelo site oficial do governo.
Poucos dias antes, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), já havia, segundo informações da Agência Brasil, comunicado o mesmo sobre a BQ.1 no Rio de Janeiro, enquanto os primeiros casos foram identificados ainda em outubro pela Fiocruz Amazônia no Amazonas, segundo o veículo ” O Globo“.
Sob o compromisso de atualizar as informações ainda escassas sobre a subvariante, a OMS publicou um artigo no qual lista o que já se sabe sobre a BQ.1, e o principal ponto de alerta é a maior evasão a vacinas pela subvariante – algo que ainda requer estudos, mas já foi observado.
Sublinhagem da chamada BA.5, a BQ.1 carrega diversas mutações na proteína spike, estrutura que torna possível para o vírus se ligar ao organismo humano. Esta, a princípio, seria uma possível razão para o que tem se observado na prática: uma facilidade maior da subvariante de escapar da resposta imunológica induzida pelas vacinas.
Isso, segundo a OMS, significa que a BQ.1 pode oferecer mais riscos de reinfecção pela Covid-19, mas ainda é preciso realizar maiores investigações para entender as possíveis consequências das características da subvariante.
A princípio, não há indícios de que ela cause quadros mais graves que outras subvariantes ou sintomas diferentes do que já é conhecido – e, apesar da maior evasão à imunização, o risco maior parece ser expressivo apenas para quem não tem a vacinação completa.
A instituição frisa ainda que, mesmo com proteção reduzida frente a certas subvariantes, as vacinas não têm seu efeito comprometido de forma expressiva ou preocupante e devem seguir sendo aplicadas normalmente.