Em meio a um surto de hepatite aguda grave de origem desconhecida que vem afetando crianças no mundo todo, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina informou recentemente que monitora um paciente com o quadro. Segundo o órgão, a criança em questão agora passa bem – e, em nota enviada ao Tá Saudável nesta segunda-feira (9), o Ministério da Saúde informou que já acompanha outros 15 casos parecidos no País.
Santa Catarina notifica caso de hepatite aguda em criança
Em nota publicada no site do órgão, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina informou nesta segunda-feira que está monitorando um caso de hepatite aguda de origem desconhecida em uma criança de sete anos. Segundo a nota, o paciente deu entrada no Hospital Pequeno Anjo (Itajaí) em 4 de maio com um quadro caracterizado por icterícia (tonalidade amarelada na pele e nos olhos), náuseas, vômito, diarreia e dor abdominal, sendo então diagnosticado com a doença.
Após o diagnóstico da hepatite seguido de atendimento médico, o paciente apresentou melhora, recebeu alta e passa bem, mas segue sendo acompanhado de perto pelo órgão para a realização dos exames laboratoriais necessários para a investigação do caso. De acordo com o comunicado, o caso foi notificado ao Ministério da Saúde em 6 de maio.
Em nota enviada ao Tá Saudável, o Ministério informou que já monitora, ao todo, 16 casos da doença. “O Ministério da Saúde monitora 16 casos suspeitos da doença, sendo dois no estado do Paraná, cinco no Rio de Janeiro, seis em São Paulo, um no Espírito Santo, um em Santa Catarina e um em Pernambuco. Os casos seguem em investigação”, afirma o comunicado, que também reforça a a profissionais de saúde orientação de notificar outros casos como estes ao órgão.
Surto de hepatite misteriosa: o que se sabe
Após inúmeros casos serem notificados na Europa – especialmente em países do Reino Unido -, a (OMS) Organização Mundial da Saúde lançou um alerta para casos de hepatite aguda grave e sem causas aparentes em crianças. De acordo com o informe mais recente do órgão, publicado em 23 de abril, estes pacientes não apresentam as causas clássicas da doença (os vírus A, B, C, D ou E, bem como influência de substâncias) e já somavam, até então, 169.
Até o momento, a causa deste quadro está sob investigação de autoridades de saúde no mundo todo, e a hipótese mais aceita (ainda que não explique totalmente a situação) é a de que os casos têm ligação com a infecção prévia por um tipo de adenovírus.
