Usando o Instagram, Andreas Kisser, guitarrista do grupo Sepultura, comunicou recentemente o falecimento da esposa, Patricia, aos 52 anos. Desde 2021, ela convivia com um câncer de cólon e, nos últimos dias, faleceu em decorrência da doença – que, além de ser o segundo tipo de câncer mais comum tanto para homens quanto para mulheres no Brasil, pode ser extremamente silencioso.
Andreas Kisser comunica a morte da esposa, Patrícia, aos 52 anos
Após meses em tratamento com quimioterapia, a esposa de Andreas Kisser, Patrícia, morreu nos últimos dias. No Instagram, o músico exaltou o último post feito post feito por Patrícia na rede, uma declaração de amor ao marido, e comunicou o falecimento dela aos fãs e amigos. “Ela seguiu forte até o último momento, sempre preocupada com todos a sua volta e encarando a situação de frente, com força e determinação”, disse ele.
https://www.instagram.com/p/CTirGAeMbf9/
Em setembro de 2021, Patrícia foi diagnosticada com um adenocarcinoma de cólon com metástase – ou seja, um câncer de intestino que já afetava outras estruturas do corpo – e vinha tratando o problema desde então. Mesmo em meio aos tratamentos, porém, a doença causou a morte de Patrícia, que estava junto de Andreas há 32 anos, era querida entre famosos e tem, inclusive, o título de madrinha do filho de Sandy e Lucas Lima, Theo.
Veja o post na íntegra:
https://www.instagram.com/p/CfjpjjwrGI8/
Câncer de cólon: entenda a doença
De acordo com o levantamento mais recente do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de cólon e reto é o segundo mais comum tanto entre homens quanto mulheres. Também conhecido como câncer de intestino, ele pode afetar a porção do intestino imediatamente antes do ânus (reto) ou a parte do intestino grosso denominada cólon – tipo da doença que foi responsável pela morte de Patrícia Kisser aos 52 anos.
Em geral, este tipo de tumor se inicia como um pólipo, lesões benignas que podem crescer na parede do intestino. Quando não são devidamente monitorados (e, se necessário, removidos), os pólipos podem virar câncer – e, apesar de esta ser uma doença tratável e curável na maior parte dos casos com diagnóstico em estágio inicial, a progressão dela e possíveis metástases tornam o prognóstico pior.
Sintomas de câncer no intestino
De forma geral, o maior sintoma de câncer de intestino é uma mudança grande e generalizada no funcionamento do órgão, por vezes acompanhada de sangramento, dor ou desconforto abdominal e uma alteração no formato das fezes (que tendem a afinar ou ficar mais compridas). Além disso, também é possível notar sintomas mais inespecíficos e sinais do câncer de intestino que ocorrem fora dele, como:
- Perda de peso sem causa aparente;
- Alterações de apetite;
- Aumento do fígado;
- Icterícia;
- Dor na região lombar, no bumbum e até nas pernas
- Inchaço nos linfonodos;
- Problemas para respirar;
- Anemia (que causa, por sua vez, fraqueza, sonolência, esquecimentos, etc).
É importante lembrar, também, que sintomas como os listados tendem a ocorrer por aumento do tumor, à perda sanguínea relacionada ao desenvolvimento dele e a possíveis metástases que podem estar acontecendo. Um quadro assim, portanto, indica um câncer em estágio avançado e requer atenção imediata.
Fatores de risco
Conforme dados do Inca, as principais questões relacionadas ao desenvolvimento do câncer de intestino são:
- Idade acima dos 50 anos;
- Obesidade;
- Consumo excessivo de carnes processadas (peito de peru, salsicha, presunto, etc);
- Consumo excessivo de carne vermelha;
- Histórico familiar de câncer no intestino;
- Histórico pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama;
- Tabagismo;
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Diagnóstico de doenças inflamatórias intestinais como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn;
- Exposição à radiação ionizante (caso de profissionais da radiologia).
Prevenção
Em geral, hábitos como manutenção do peso considerado ideal, prática de atividades físicas, alimentação saudável (evitando especialmente o consumo excessivo de carne vermelha e de carnes ultraprocessadas) são úteis na prevenção do câncer de intestino. Além disso, também é importante evitar o tabagismo, incluindo a exposição passiva ao cigarro, e buscar acompanhamento médico tanto para pólipos já detectados quanto para rastreamento no caso de histórico familiar ou idade superior aos 50 anos.