Dor de estômago e enjoo indicaram condição comum e potencialmente grave em Jorge Aragão: entenda

por | nov 29, 2024 | Saúde

Cantor teve de operar após o diagnóstico de colecistite, condição que, se não tratada, pode evoluir para sepse e até óbito

Recentemente, o músico Jorge Aragão deixou o público temeroso ao anunciar o adiamento de shows em meio a uma turnê. Isso porque ele teve de ir ao hospital e, lá, médicos o diagnosticaram com colecistite, uma condição comum cujos principais sintomas relatados pelo cantor foram dor de estômago e enjoo. Saiba mais sobre essa doença abaixo:

Jorge Aragão é internado por colecistite

(Crédito: Reprodução/Instagram @jorgearagaodacruz)

Usando o Instagram, o músico Jorge Aragão tranquilizou os fãs após ser internado. O cantor, que está em turnê, afirmou ter ido ao hospital devido a desconfortos abdominais – e, após exames, teve de ficar para fazer uma cirurgia, algo que motivou o adiamento dos shows restantes da turnê.

“Anteontem senti umas pontadas no estômago e tive enjoo também. Claro que eu tenho sempre de estar me cuidando, vim ao médico e a minha vesícula, já tem quase três anos que ela está querendo fazer graça comigo”, declarou ele, afirmando que terá de tirar a vesícula graças ao diagnóstico atual de colecistite aguda.

Por fim, ele demonstrou bom humor e otimismo diante da situação. “Vão arrancar minha vesícula para que eu possa continuar essa trajetória tão bonita. Daqui a pouco estou de volta”, concluiu.

colecistite
(Crédito: Reprodução/Instagram @jorgearagaodacruz)

Colecistite: o que é, sintomas e mais

A vesícula biliar é um pequeno órgão responsável por armazenar bile, substância importante para a digestão dos alimentos. Quando ela inflama – algo que pode ocorrer por motivos diversos –, acontece o diagnóstico de colecistite.

A colecistite pode acontecer, por exemplo, por:

  • Cálculos biliares (pedra na vesícula que podem obstruir o ducto do órgão e levar à inflamação);
  • Tumores (que podem bloquear os ductos);
  • Infecção bacteriana;
  • Jejum prolongado ou nutrição parenteral (podem levar ao acúmulo de bile não utilizada);
  • Trauma na região abdominal (incluindo cirurgias).

Esse quadro é bastante comum. Ele geralmente tem relação com a presença de cálculos biliares, e estima-se que 10% da população tenha pedras na vesícula. Isso significa que esse percentual de pessoas está bastante propenso a ter colecistite.

A gravidade do quadro varia de forma semelhante com uma apendicite. A colecistite aguda, em geral, não é uma condição que traz riscos imediatos, mas, se não tratada, pode ser tornar um quadro grave. Isso porque pode haver perfuração da vesícula ou evoluir para pancreatite (inflamação do pâncreas) e até sepse (quadro de infecção generalizada).

colecistite
Visícula biliar (em verde) (Crédito: brgfx/Freepik)

Fatores de risco

Entre os fatores que tornam uma pessoa mais propensa a ter colecistite, é possível citar:

  • Uso de certos remédios (estatinas, por exemplo, aumentam os riscos de ter a doença);
  • Obesidade;
  • Ingestão excessiva de gorduras saturadas;
  • Histórico familiar;
  • Gestação;
  • Idade superior a 40 anos;
  • Ser mulher.

Quais são os sintomas de problema na vesícula?

Pessoas com colecistite podem apresentar diferentes conjuntos de sintomas. É possível apresentar uma ou mais das seguintes manifestações:

  • Dor abdominal;
  • Enjoo;
  • Icterícia (pele e olhos amarelados);
  • Febre;
  • Dificuldade para se alimentar;
  • Inchaço abdominal.
Dor abdominal (Crédito: Lifestylememory/Freepik)

Como é a dor na vesícula?

A dor na vesícula costuma ser o principal sintoma dessa condição. Ela acontece do lado direito superior do abdômen, podendo também irradiar para as costas e até para o ombro direito. É bastante comum ainda que essa dor – geralmente constante – piore após a ingestão de uma refeição gordurosa.

Tratamento

Em alguns casos, a colecistite pode ser tratada com uma abordagem conservadora que envolve mudanças alimentares e medicamentos como antibióticos e remédios para dor. Em muitos casos, no entanto, pode ser necessário retirar a vesícula biliar, procedimento chamado de colecistectomia.

Após a cirurgia, o paciente não volta a apresentar a doença. Esse procedimento é feito, em geral, por laparoscopia, técnica minimamente invasiva que recorre a “furinhos” no abdômen por onde é possível aspirar o órgão doente através de cânulas. Em alguns casos, pode ser necessário fazer uma cirurgia aberta.

A recuperação após uma cirurgia assim tende a ser tranquila, sem intercorrências.

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