O esquecimento é um fenômeno natural do cérebro humano que faz parte do processo de aprendizagem e memorização. Em termos simples, é como se o cérebro se livrasse de informações não importantes e pouco utilizadas para abrir espaço para que novos dados sejam internalizados. Porém, devido ao estresse dos dias atuais e da sobrecarga de atividades com as quais temos de lidar, nossa memória acaba, muitas vezes, sendo prejudicada, tornando o nível de esquecimento maior do que o esperado.
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Os lapsos de memória frequentes, caso não estejam associados a alguma doença, podem ser reduzidos através de hábitos saudáveis, exercícios mentais e alimentação correta. “O aumento do consumo de alguns alimentos é importante para a formação e funcionamento do sistema nervoso. Além disso, manter um estilo de vida saudável facilita a captação dos neurotransmissores essenciais para preservar a memória”, afirma o nutrólogo André Veinert, da Clinica Healthme.
Alimentos que protegem o cérebro
Segundo Dr. André, a pessoa que deseja preservar a memória deve investir em alimentos ricos em ácidos graxos, que combatem os radicais livres e, consequentemente, a destruição das células, e vitaminas C, D, E e do complexo B, que evitam a oxidação dos tecidos e ajudam a regenerar os neurônios.
Ovos
“A gema do ovo é uma das principais fontes de colina, que ajuda a reparar as células cerebrais. Ela ainda possui acetilcolina, neurotransmissor responsável pelo aprendizado e memória”, descreve o especialista.
Peixes
Salmão, sardinha, anchova, atum, arenque e cavala contêm ácidos graxos do tipo ômega 3, substância conhecida por ser uma grande aliada da saúde do cérebro. Por conta de sua ação anti-inflamatória, favorece a memória. “O salmão também possui colina, porém em uma concentração menor do que a gema de ovo”, afirma o nutrólogo.
As frutas vermelhas são ricas em antioxidantes, que combatem os radicais livres (Thinkstock)
Arroz
Ele é responsável por regular a glutationa, um dos protetores celulares contra a ação dos radicais livres. Além disso, o alimento contém magnésio e outros receptores que existem no hipocampo, onde se dá a formação da memória.
Leguminosas
“Possuem vitamina B6, considerada importante para a formação de neurotransmissores, que são os ‘mensageiros’ do cérebro”, explica Dr. André.
Frutas vermelhas
São ricas em antioxidantes como bioflavonoides, caratenoides, vitamina E e selênio. Elas ajudam a evitar lesões e doenças neurológicas. “Procure consumir acerola, morango, amora, pitanga e também outros tipos de frutas, como laranja, limão, manga e maça”, indica o profissional.
Oleaginosas
Fazem parte deste grupo as castanhas, nozes, amêndoas, avelãs e amendoim. Ricas em vitamina E e selênio, as oleaginosas também têm função antioxidante. “Elas contêm vitaminas B3, B2 e B1, que regulam a glutationa e ajudam a preservar substâncias químicas nervosas e hormônios que protegem a memória”, descreve Dr. André.
Carnes e aves
As carnes magras e os frangos são ricos em vitamina B3, que evita a oxidação dos tecidos nervosos. “Já a carne vermelha deve ter um consumo moderado”, orienta o nutrólogo.
Leite e derivados
São ricos em vitamina B12 e ácido fólico, que participam da síntese do DNA e beneficiam bastante a formação da memória. “O consumo deve ser diário”, indica o especialista.
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