Câncer de pele é um tumor considerado importante devido à sua alta incidência. Apesar de a maior parte dos casos ter relação com exposição solar desprotegida, é possível desenvolvê-lo por outras razões.
A seguir, veja quais cânceres não são causados pelo sol:
Câncer de pele sem ligação com o sol
Como surgem?
Segundo a dermatologista Rossana Vasconcelos, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, os tumores de pele têm alta relação com a exposição solar desprotegida, mas é possível desenvolver alguns deles apenas por fatores genéticos ou deficiências imunológicas (de nascença ou adquiridas).
Os principais tipos de câncer que correspondem a esse perfil são:
Melanoma acral
Segundo a dermatologista, o melanoma acral é um tipo de câncer de pele não causado pelo sol que costuma afetar as extremidades do corpo, gerando manchas, linhas e pintas embaixo das unhas ou na sola dos pés.
Carcinoma de células de Merkel
Este tumor é caracterizado pelo crescimento anormal das células de Merkel, responsáveis pela captação e transformação de estímulos exteriores em energia.
Na maior parte das vezes, apresenta-se por nódulos ou edemas firmes que podem crescer rapidamente.
Carcinoma espinocelular
O carcinoma espinocelular tem origem nas células escamosas da pele, pode ser causado por HPV ou arsênico e costuma se manifestar como uma ferida que não se cicatriza.
Dermatofibrosarcoma
Tumor de pele que se apresenta por pequenos nódulos e protuberâncias de evolução progressiva.
Leiomiossarcoma
Tumor que afeta o músculo liso, o leiomiossarcoma surge por uma protuberância que pode ser dolorida.
Linfoma cutâneo
Esse tipo de câncer de pele se origina nos linfócitos e afeta primeiramente a pele. Ele costuma se exteriorizar em placas avermelhadas que descamam e coçam, podendo ser confundido com alergias.
Lipossarcoma
Afeta o tecido adiposo e causa uma massa de crescimento lento e indolor.
Neurofibrosarcoma
Câncer derivado da bainha neural, que é o revestimento dos nervos, cuja manifestação inclui nódulos palpáveis na pele.
Sintomas de câncer de pele
A suspeita ocorre principalmente em lesões que se encaixam na regra do ABCD, que indica características de câncer, tais como assimetria, borda irregular, cor variada e diâmetro crescente.
O câncer de pele ainda pode surgir por nódulos, protuberâncias, placas e feridas que não cicatrizam, coçam, sangram, criam “casquinha” ou viram úlceras. Pintas que começam a desaparecer são outro fator que deve ser avaliado em consultório dermatológico.
Tratamento
Para evitar metástase, que é a migração do câncer para outra parte do corpo, quaisquer anormalidades devem ser avaliadas precocemente.
Caso o câncer seja confirmado, o tratamento inclui a remoção da lesão com um quadrante de segurança e protocolos como quimioterapia, radioterapia, fototerapia, entre outros.
Prevenção
Apesar de existirem cânceres que não são influenciados pelo sol, evitar a exposição desprotegida ainda é de vital importância, já que reduz a chance de desenvolver os tumores mais comuns.
Outra medida importante é fazer consultas dermatológicas anuais para criar parâmetros das lesões já existentes e analisar as novas.
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