Definida como uma espécie de tristeza constante, bem marcada por grande irritabilidade, mau humor e predominância de pensamentos negativos, a distimia é considerada um tipo de depressão crônica de intensidade moderada.
Distimia não é exatamente a mesma coisa que depressão, mas os dois transtornos têm muitas características em comum. Entenda mais sobre o distúrbio, conheça os sintomas e veja formas de tratamento:
Distimia: o que é
A distimia, também chamada de transtorno depressivo persistente ou transtorno distímico, é um tipo de depressão crônica de intensidade moderada. De acordo com informações do centro médico Cleveland Clinic, a distimia é definida como uma tristeza que ocorre durante pelo menos dois anos, junto de ao menos dois outros sintomas da depressão.
Sintomas da distimia
Humor triste e sombrio, perda de interesse em atividades cotidianas, falta de esperança e baixa autoestima são alguns dos sinais mais comuns entre pessoas que sofrem de distimia. Outros sintomas incluem:
- Fadiga;
- Sentimentos de desesperança, inutilidade ou isolamento;
- Falta de apetite ou comer demais;
- Falta de concentração;
- Falta de energia;
- Alterações no sono (dificuldade para dormir ou dormir demais).
Diagnóstico de distimia
Não existe um exame clínico capaz de detectar distimia, mas um profissional de saúde pode, diante dos sintomas apresentados pelo paciente, fazer uma espécie de “ teste de distimia” por meio de perguntas como:
- Você se sente muito triste?
- Existem razões específicas para você se sentir para baixo?
- Você tem problemas para dormir?
- Você tem problemas para se concentrar?
- Há quanto tempo você tem esses sintomas?
- Os sintomas estão presentes o tempo todo ou eles vêm e vão?
O médico então pode solicitar exames de sangue ou urina para descartar outras causas e encaminhar o paciente a um psicólogo ou psiquiatra, profissionais especialmente treinados para discutir saúde mental.
Distimia ou depressão? Como diferenciar
A principal diferença entre depressão e distimia é que a primeira normalmente se instala de repente, enquanto a segunda não há tal ruptura brusca.
De forma geral, a depressão ocorre em episódios, enquanto na distimia o mau humor e a irritabilidade são constantes e o paciente só consegue se focar nos aspectos negativos das situações. Os sintomas da distimia podem, inclusive, se confundir com a personalidade da pessoa a depender de quanto tempo faz que ela se manifesta.
Tratamento: distimia tem cura?
O tratamento mais eficaz para a distimia combina medicamentos antidepressivos e psicoterapia. Os remédios atuam na recaptação da serotonina e cuida de outras questões fisiológicas, enquanto o aconselhamento ajuda o paciente a examinar seus pensamentos e emoções e a forma como eles afetam suas ações.
Por se tratar de um problema crônico, não existe cura definitiva para distimia, mas é possível controlar os sintomas por meio de medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida, garantindo o bem-estar do paciente.
