Tomar ao menos 1 xícara de café por dia tem efeito protetor sobre rins e reduz risco de lesões

Quem não abre mão de um cafezinho ao despertar, depois do almoço ou no período da tarde tem motivo extra para manter o hábito: de acordo com um recente estudo realizado pela instituição de saúde Johns Hopkins Medicine, nos Estados Unidos, tomar pelo menos uma xícara de café por dia pode reduzir o risco de lesão renal aguda (LRA).

Uma xícara de café por dia pode ajudar a proteger seus rins

Pessoas que bebiam qualquer quantidade de café todos os dias tinham um risco 15% menor de ter uma lesão renal aguda, com as maiores reduções observadas no grupo que bebia de duas a três xícaras por dia (um risco até 23% menor), revelaram os dados da pesquisa, publicada em 5 de maio na revista Kidney International Reports.

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A lesão renal aguda é um episódio repentino de insuficiência renal ou dano renal que ocorre dentro de algumas horas ou alguns dias. Isso faz com que toxinas se acumulem no sangue, tornando difícil para os rins manter o equilíbrio correto de fluidos no corpo. Entre os principais sintomas da condição estão: pouco volume de urina, inchaço, náusea, cansaço, dor no peito e, em casos mais graves, convulsões ou até coma.

“Já sabemos que beber café regularmente tem sido associado à prevenção de doenças crônicas e degenerativas, incluindo diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e doenças hepáticas. Agora podemos adicionar uma possível redução no risco de LRA à crescente lista de benefícios da cafeína para a saúde”, afirmou em comunicado Chirag Parikh, principal autor do estudo.

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Para chegar à conclusão, os pesquisadores avaliaram dados de 14.207 adultos recrutados entre 1987 e 1989 com idade média de 54 anos. Os participantes foram entrevistados sete vezes ao longo de 24 anos quanto ao número de xícaras de café que consumiam por dia. Durante o período da pesquisa, foram registrados 1.694 casos de lesão renal aguda.

Levando em conta características demográficas e fatores como status socioeconômico, influências de estilo de vida e alimentação, foi possível observar um risco 15% menor de LRA para os participantes que consumiram qualquer quantidade de café em comparação com aqueles que não consumiram.

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“Suspeitamos que a razão do impacto do café no risco de LRA pode ser que os compostos biologicamente ativos combinados com a cafeína ou apenas a própria cafeína melhorem a perfusão e a utilização de oxigênio nos rins”, diz Parikh.

Segundo o estudioso, mais pesquisas são necessárias para definir os possíveis mecanismos de proteção do consumo de café para os rins, especialmente no nível celular. Além disso, uma investigação mais aprofundada poderia ajudar a saber se o consumo de outros tipos de bebidas cafeinadas, como chá ou refrigerante, deve ser considerado como um possível fator de confusão.

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