Viciado em seu celular?

por | jun 30, 2016 | Saúde

Viciado em seu celular? 66% dos entrevistados numa pesquisa feita nos Estados Unidos disse que sim. É a Nomofobia que está em ascensão, já que há 4 anos uma pesquisa semelhante constatou que 54% dos entrevistados tinham apenas medo de perder seus celulares. Esse medo de perder o aparelho foi substituído por uma obsessão quanto ao uso, onde há pessoas que não deixam o aparelho, seja para comer, dormir, ou ir ao banheiro. 

Se para alguns o uso do telefone móvel seja considerado algo comum nos dias de hoje, há pessoas com tal nível de apego que dependem de tratamento psicológico. O estudo realizado pela empresa americana, SecurEnvoy, especializada em tecnologia de telefonia móvel, mostrou que a situação começa a ser preocupante.

Dr. Mitch Spero, o Diretor da Instituição Broward County, dedicada à psicologia familiar, afirmou que é cada vez mais comum problemas e desordens causados pelo uso excessivo, ou dependência do celular. O médico adverte que esta deve ser uma ferramenta de melhoria para a nossa vida, e não para destruir nossa habilidade de comunicação interpessoal com as pessoas que mais amamos.

É considerado viciado no uso do celular aquele que consulta o aparelho cerca de 34 vezes por dia. Ou quem mostra preocupação constante em perdê-lo, mesmo quando está em local seguro, e nunca desliga o aparelho (nunca mesmo!). Os números do estudo mostram, ainda, que as pessoas que já não conseguem viver sem seu telefone móvel, chegam a levá-lo para o banheiro em 75% das idas.

Uma das entrevistadas, Karla Campos, de Pembroke, afirmou que isso não é nada. “Faço a checagem do meu telefone mais de 50 vezes por dia, e até durmo com ele embaixo do travesseiro”, comentou. Outra entrevistada, que identificou-se apenas como “Celly”, disse que não importa nem quando, nem onde , seu celular está onde ela estiver, em 100% das vezes.

O psicólogo alerta que é importante manter o aparelho nas proximidades, mas quando se está em companhia de outra pessoa, principalmente ser for um ente querido, ou companheiro, o mais saudável é deixar o telefone guardado.

Essa pesquisa também mostrou que quanto mais jovem, maior a probabilidade de ser atingido pela Nomofobia, sendo que as mulheres são mais propensas a sofrer com esta condição que os homens.