Dores de cabeça, fadiga, febre e dores no corpo podem ser alguns efeitos colaterais das vacinas contra Covid-19. No entanto, um estudo revelou, recentemente, que o imunizante também podem afetar o ciclo menstrual feminino por um período.
Vacina de Covid-19 pode mudar o fluxo menstrual
O estudo, publicado na revista científica Science Advances, mostrou que 42% das mulheres apresentaram um aumento do fluxo menstrual ao longo das duas semanas após a vacinação contra o coronavírus.
Cerca de 35 mil mulheres, que foram vacinadas com Pfizer, Moderna, AstraZeneca, Janssen e Novavax relataram mudanças no período menstrual no período de 1 a 14 dias após receberem as doses. Como resultado, 42,1% das mulheres relataram fluxo mais intenso, enquanto 14,3% afirmaram atraso, ou fluxo menos intenso.
Os dados do estudo mostram, também, que as mudanças são temporárias, e também estão associadas a fatores como idade, efeitos sistêmicos associados à vacina (como febre e cansaço), histórico de gravidez, partos, entre outros fatores.
A pesquisa identificou ainda associação com gestações anteriores, ou seja, uma mulher que passou por uma gravidez estaria mais propensa a informar sobre sangramentos mais intensos após a aplicação da vacina do que as que ainda não tinham engravidado.
Mesmo que as mudanças no ciclo menstrual não sejam perigosas, os especialistas afirmam que os sangramentos podem gerar preocupações.
“O sangramento intermitente inesperado é um dos primeiros sinais de alguns cânceres nas pessoas pós-menopáusicas e nas que utilizam hormônios de afirmação de gênero”, explicou a principal responsável pelo estudo, Katharine Lee, da Universidade de Tulane, em comunicado à imprensa.
A especialista ressaltou que a pesquisa não compara resultados com um grupo de controle que não se vacinaram, por isso é possível que as mulheres que observaram alterações no período ficassem mais propícias a responder o questionário.
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