Tontura nem sempre é sinal de labirintite

por | jun 30, 2016 | Saúde

Tontura é o termo usado genericamente para caracterizar todas as situações de desequilíbrio corporal. Apesar de ter origem labiríntica na maioria dos casos (85%), o sintoma também pode ser de origem visual, neurológica ou psíquica.

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Segundo a otorrinolaringologista e otoneurologista Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, que atende em Curitiba (PR), estima-se que 42% dos adultos queixam-se de tontura em pelo menos alguma época da vida. Ela explica que o sintoma ocorre quando os sistemas de manutenção do equilíbrio do corpo não fornecem a mesma informação e entram em conflito entre si. “Tontura é uma ilusão de movimento. É a sensação de que os objetos ou a própria pessoa está se movendo, sem que haja um movimento real. Pode ser como uma instabilidade, desequilíbrio, sensação de queda, desvio da marcha ou uma flutuação. Quando a tontura possui características rotatórias, denomina-se vertigem” esclarece.

O sintoma pode se manifestar de forma leve a intensa, esporádica a constante e também pode vir acompanhado de outros sinais, como perda de audição, zumbido, náuseas e vômitos, prejuízo da memória, dificuldade de concentração e fadiga física e mental.

Dra. Rita explica que, assim como o zumbido, a vertigem e a tontura são indicativos de que há alguma alteração de saúde no organismo, ou seja, são sintomas de outro problema. “A tontura é um sinal de alerta, de que algo não está bem no organismo”, afirma.

Por ter inúmeras causas possíveis, é importante que, ao primeiro sinal de vertigem ou tontura, um especialista seja consultado para que o tratamento adequado seja prescrito. “O diagnóstico do distúrbio do equilíbrio exige investigação detalhada e completa do equilíbrio do corpo, e, especialmente na suspeita de uma disfunção labiríntica, deve-se avaliar a audição do paciente”, esclarece a especialista.