Sonambulismo: o que é e como tratar

por | jun 30, 2016 | Saúde

Durante a fase de sono profundo, pode acontecer de algumas pessoas se levantarem dormindo, caminharem e falarem, mas com o estado de consciência, memória e a capacidade de julgamento alterado. São os sonâmbulos. O problema é uma espécie de distúrbio do sono hereditário e comum na infância. “Nas crianças, principalmente, entre os quatro e oito anos, é mais comum. Aproximadamente, 30% das crianças apresentam episódios de sonambulismo durante a infância. Na fase adulta há 4% de prevalência”, afirma o neurologista Paulo Rogério M. de Bittencourt, do Hospital Nossa Senhora das Graças.

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Como o sonâmbulo age

Ele diz que os episódios de sonambulismo ocorrem nas primeiras três e quatro horas de sono. “Os movimentos começam aos poucos. Os pacientes movimentam-se na cama, sentam e depois caminham com uma expressão de indiferença total. Mas apesar da face demostrar indiferença, as pessoas estão desorientadas. Alguns falam devagar, mas não respondem a perguntas ou estímulos, e estão de olhos abertos e parecem acordadas”, explica.

Cuidados com o sonâmbulo

Ao perceber que convive com uma pessoa sonâmbula, é importante se preocupar com janelas de andares altos, tapetes e móveis que possam levá-la a quedas.

Durante os episódios, tente levá-la a um local seguro, para evitar acidentes. “O paciente realiza atividades, porém sem objetivo, sem memória e é muito difícil acordá-lo. O acompanhante deve propiciar um ambiente calmo, fresco, escuro, silencioso para que o sono do paciente volte”, explica. Na maioria das vezes, o sonâmbulo não se lembra do que fez durante o sono.

Tratamento para sonambulismo

O neurologista explica que nos últimos anos vem surgindo uma preocupação com episódios de transtornos semelhantes ao sonambulismo, principalmente entre pessoas que utilizam álcool, drogas ou medicamentos, em especial os tarja preta e remédios indutores de sono. “Em qualquer destas situações o pacientes com esse distúrbio do sono devem ser acompanhados por um médico de confiança da família. O profissional é essencial tratar o problema e evitar complicações mais graves”, finaliza.