Nos exames ginecológicos de rotina você se depara com um resultado inesperado: um mioma no útero. Neste momento, muitas dúvidas passam pela cabeça: é câncer? Pode crescer? Quais são os riscos?
Saiba que você não está sozinha: o mioma uterino atinge cerca de 50% das mulheres entre 30 e 50 anos. A maioria delas em idade fértil. Este tumor benigno e não canceroso pode aparecer dentro, nas paredes ou fora da cavidade uterina em vários tamanhos. Na maioria das vezes, o mioma nem é percebido porque não apresenta nenhum sintoma.
O que causa o mioma?
Não existe uma causa específica, mas inúmeros fatores que podem provocar aparecimento dos miomas: herança genética, distúrbios hormonais, menopausa tardia, obesidade e até abuso de álcool aumentam o risco do surgimento deste nódulos.
A ginecologista e obstetra Dra. Mariana Maldonado explica que a ingestão de carne vermelha em grandes quantidade, história de doença inflamatória pélvica, ligadura de trompas, oenças como diabetes e hipertensão também favorecem os miomas.
Até mesmo a etnia influencia no desenvolvimento destes tumores benignos, já que as negras estão mais propensas a ter este problema. Mulheres grávidas e aquelas sem filhos também tem maiores chances de formação de miomas.
Sintomas do mioma no útero
O mioma não têm um sintoma específico, por isso, nem sempre são identificados. Em alguns casos, este tumor benigno uterino apresenta sinais como menstruação intensa e de longa duração, cólicas, vontade de urinar com frequência, constipação e dores nas costas, pernas e durante a relação sexual. E, ainda, dificuldades em engravidar.
Isso acontece porque o nódulo dentro do útero aumenta os riscos de sangramento fora do período menstrual e incidência de cólicas. Quando o mioma é grande e está fora da cavidade uterina tende a pressionar o intestino e a bexiga, causando inchaço na barriga e dores.
Para confirmar se estes sintomas são realmente provocados por miomas, é preciso não deixar de lado os exames ginecológicos de rotina. A ginecologista e obstetra Mariana Maldonado explica que para confirmar a presença do nódulo, é recomendado fazer também uma ultrassonografia transvaginal.
Tratamentos para mioma uterino
O radiologista Dr. Osvaldo Inácio Pereira afirma que, embora estes tumores benignos não ofereçam altos riscos à paciente, não tratar este problema pode acarretar complicações. Entre elas, a anemia que é ocasionada pela perda de sangue em grandes quantidades.
Tratamentos com medicações prescritas por um médico amenizam os sintomas e, dependendo do tamanho do nódulo, também reduzem seu crescimento. Nos casos mais graves, são indicadas cirurgias de remoção do mioma (miomectomia) ou do útero (histerectomia).
Outra opção é a chamada embolização da artéria uterina, técnica que impede que o sangue chegue ao mioma, impedindo assim o crescimento do nódulo.
