Pílula, injeção, adesivo… Conheça os principais métodos contraceptivos e suas indicações

por | jun 30, 2016 | Saúde

A pílula anticoncepcional é o método contraceptivo mais utilizado no Brasil: são mais de 100 tipos disponíveis no mercado. No entanto, além de não se adaptar bem ao organismo de algumas pacientes, ela nem sempre é o recurso mais indicado para o momento ou estilo de vida da mulher.

Leia também:

Escolha do anticoncepcional: 10 perguntas que devem ser discutidas com o médico

Prepare-se para a consulta ginecológica: o que o médico pode perguntar

Como escolher o contraceptivo ideal para mim?

Outros métodos, como o anel contraceptivo, DIU ou implante subcutâneo, para citar alguns, oferecem diferenciais como o efeito prolongado (que pode chegar a 10 anos) e a comodidade de serem aplicados mensal ou anualmente. Para algumas mulheres, que não querem engravidar nos próximos anos e que se esquecem de tomar a pílula todos os dias no mesmo horário, por exemplo, essas alternativas são muito vantajosas.

No entanto, essa indicação só pode ser feita por um especialista. Isso porque, em primeiro lugar, algumas mulheres têm restrições físicas a alguns métodos, o que torna seu uso perigoso. Em segundo, porque é necessário que o médico faça uma investigação sobre o histórico clínico da paciente e colha informações sobre seu estilo de vida, hábitos sexuais e planos para o futuro, a fim de apontar a solução mais adequada para o caso. Outro ponto importante a ser considerado é a condição financeira da paciente, já que o preço dos métodos varia muito.

Segundo Dra. Cristina Guazzelli, professora associada livre-docente de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e parceira do laboratório MSD, existe uma série de questões que devem ser discutidas entre o ginecologista e a paciente antes de ambos optarem pelo método ideal. “Mais do que isso, o profissional deve esclarecer muito bem quais são os riscos e efeitos colaterais do tratamento, o modo correto de uso, a eficácia, o modo de ação, etc.”, afirma.

A profissional lista os métodos contraceptivos atualmente disponíveis para as mulheres e esclarece quando são indicados e seus pontos principais.

Métodos contraceptivos: indicações

Pílula combinada

Frequência de uso: diária, sempre no mesmo horário.

Utilização: o remédio combina dois hormônios (estrogênio e progesterona) e é de administração oral.

Importante: o método requer disciplina: esquecer de tomar a pílula diariamente compromete o efeito. Na presença de vômito ou diarreia, a eficácia do método também fica comprometida.

Pílula de progesterona

Frequência de uso: diária, sempre no mesmo horário.

Utilização: de administração oral, deve ser tomada todos os dias, sem intervalo entre as cartelas.

Pílula combinada com hormônio natural

Frequência de uso: diária, sem intervalo.

Utilização: de administração oral, combina a progesterona ao estradiol, hormônio idêntico ao produzido pelo útero.

Importante: vômito e diarreia comprometem a eficácia do método. A mulher volta a ovular mais rapidamente ao fim do tratamento, cerca de 20 dias depois da última pílula.

Adesivo transdérmico

Frequência de uso: semanal.

Utilização: é colocado pela própria mulher sobre a pele das costas, braço ou nádegas. Deve ser trocado a cada sete dias durante três semanas consecutivas, quando, então, é feito um intervalo de uma semana.

Importante: o adesivo pode descolar.

Anel contraceptivo

Frequência de uso: mensal.

Utilização: transparente e flexível, o anel deve ser inserido na vagina pela própria mulher. Tem duração de três semanas e requer uma semana de intervalo.

Importante: a eficácia não é alterada em caso de vômito ou diarreia. Para algumas mulheres, a inserção e remoção do anel são incômodas.

DIU e SIU

Frequência de uso: DIU – até 10 anos / SIU – 5 anos.

Utilização: o médico introduz o dispositivo no útero.

Importante: a colocação e retirada são feitas pelo ginecologista. Estes métodos previnem a gravidez por muito tempo, portanto só devem ser utilizados por quem não pretende engravidar logo.

Implante subcutâneo

Frequência de uso: a cada 3 anos.

Utilização: o bastonete de 4 cm é inserido pelo médico abaixo da pele do braço, com anestesia local.

Importante: vômito e diarreia não diminuem a eficácia do método. É necessário ir ao médico para realizar o implante e também a remoção.

Injetável

Frequência de uso: mensal ou trimestral.

Utilização: a injeção com hormônio é aplicada pelo médico no músculo (geralmente nádegas ou braço).

Importante: no caso do método trimestral, há probabilidade de alterações no ciclo menstrual.