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Quase cinco anos após vencer um forte quadro de depressão, Padre Marcelo Rossi relembrou a época em que conviveu com a doença e como ela o levou a se afastar da fé e mudar drasticamente sua aparência. Entenda:
Padre Marcelo Rossi relembra depressão
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A depressão de Padre Marcelo o levou a diversas alterações físicas que foram relembradas em uma montagem com três imagens publicada em seu Instagram.
“Amados, veja como JESUS EUCARÍSTICO E O SANTO ROSÁRIO foram meus remédios e os rostos refletem o que é uma depressão….minha libertação/livramento. 1 de outubro de 2013….GLÓRIA A DEUS”, escreveu na legenda da montagem que reúne três fotos distintas da época em que enfrentou o transtorno.
Há mais de 20 anos na carreira eclesiástica, o sacerdote chegou a declarar que a depressão impactou sua vida principalmente porque fez desaparecer o sentimento de amor que cultivava na religião.
Mudanças no peso e na fé
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Em entrevista de 2017 ao programa de Mariana Godoy, Marcelo Rossi disse que percebeu que depressão não era frescura durante a visita do Papa Francisco ao Brasil, em 2013, pois sentiu uma angústia profunda.
Após se dar conta do problema, o padre buscou ajuda e conseguiu superar o problema sem tomar antidepressivos, mas pela prática de exercícios físicos que promovem a liberação de substâncias que geram prazer e bem-estar.
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Segundo ele, a escolha de não tomar remédios para depressão se deu por conta de problemas no fígado. Inclusive, a alteração nesse órgão exigiu o uso de anti-inflamatórios que o levaram a pesar 128 kg, conforme contou em entrevista ao jornal Correio.
Após engordar, o padre emagreceu com uma dieta que incluía apenas hambúrguer e salada, chegando a pouco mais de 60 kg.
Por que depressão mexe com peso?
Apesar de o padre Marcelo ter sofrido outros problemas além da depressão que causaram mudanças em sua forma física, como uso de medicamentos, impossibilidade de praticar atividade física devido a uma lesão e posteriormente anorexia nervosa como resultado de uma dieta para perder peso, a doença por si só costuma provocar alterações no peso do paciente.
Em muitos casos, a angústia e sentimento de desânimo levam à perda do apetite, causando um emagrecimento brusco. Em outros, no entanto, ocorre justamente o oposto: os desníveis hormonais fazem com o que paciente coma de forma compulsiva, por motivações tanto fisiológicas como emocionais.
O próprio desequilíbrio de hormônios, inclusive, pode afetar o metabolismo e tornar a pessoa mais propensa a acumular gordura, além de mais sonolenta e fadigada.
Há ainda o comprometimento direto dos fatores foco e motivação, o que leva o indivíduo a praticar menos atividades físicas e não ter o mesmo cuidado com a alimentação e hábitos saudáveis no geral.
Tratar depressão sem medicamentos: é possível?
Embora o Padre afirme que curou a depressão sozinho, nem todos os casos da doença se resolvem de forma espontânea.
“O exercício só funciona em associação com psicoterapia e medicamentos”, explicou o neurologista cognitivo Fábio Porto. A exceção são casos leves que podem ser tratados apenas com terapia e adoção de hábitos saudáveis.
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