As fraturas dos ossos que ocorrem por conta da osteoporose podem ser mais graves do que se imagina. Às vezes são simples, como as fraturas de punho tratadas habitualmente com uma imobilização gessada. Podem ser mais graves havendo necessidade de hospitalização e de cirurgias de grande porte, como as fraturas de quadril, com risco de complicações e até a morte do paciente. Ao contrário do que muitos pensam os ossos não se quebram apenas por conta de uma queda. Naqueles que tem osteoporose, as fraturas podem ocorrer durante a realização de atividades simples do dia-dia, como o esforço para levantar uma criança, empurrar um móvel ou carregar um objeto mais pesado.
“A fratura ocorre por uma perda da capacidade de manter a integridade óssea devido às forças submetidas. O osso se adapta às forças externas que sofre e, com o envelhecimento, essa adaptação vai se perdendo. Após a menopausa, o corpo apresenta uma dificuldade ainda maior em manter a massa óssea, a microarquitetura óssea e em regenerar o osso pós-microtraumas”, comenta o fisiatra Moisés da Cunha Lima.
“As fraturas por osteoporose podem atingir qualquer osso, sendo mais frequente no punho, coluna e quadril. Normalmente, pode prejudicar a vida produtiva da pessoa, pois provocam dor crônica, incapacidade para algumas atividades e piora na qualidade de vida”, comenta a reumatologista Elaine Azevedo. As mais graves são as de fêmur e coluna que podem deixar uma pessoa totalmente dependente e até causar a morte. “Elas levam à internação hospitalar, cirurgias, risco de vida e algumas pessoas não retornam ao nível de mobilidade que possuíam antes da fratura”.
Quando há fraturas de vértebras na coluna lombar, a anatomia do abdômen pode ser alterada e causar o problema de intestino preso, distensão e dor abdominal, além da redução de apetite e sensação precoce de saciedade.
Alguns fatores contribuem para a ocorrência de osteoporose e, consequentemente, de fraturas. São eles o baixo peso corporal, o hábito de fumar e o consumo de bebidas alcoólicas. Segundo a especialista, a prevenção deve ocorrer desde a infância e a puberdade, pois são fases em que se praticam atividades físicas de impacto que aumentam o pico de massa óssea. “Já na idade adulta, é importante eliminar os possíveis fatores de risco (tabagismo e consumo exagerado de álcool), realizar atividades físicas regulares, tomar sol adequadamente e ingerir alimentos ricos em cálcio”, recomenda.
O que o ortopedista Francisco de Paula Paranhos Neto indica é procurar um especialista no assunto para receber o tratamento adequado para o tipo de fratura em questão. “Às vezes as fraturas podem precisar de um tratamento clínico ou cirúrgico mais criterioso. Sofrer uma fratura osteoporótica representa um risco aumentado para ter novas fraturas que podem reduzir muito a qualidade de vida e levar à morte. Por isso não podemos deixar a osteoporose de lado. Ela deve ser adequadamente investigada e tratada o quanto antes a fim de evitar a ocorrência de novas fraturas”, recomenda.
Sobre a Campanha Firme e Forte
Lançada em 2011, o objetivo Campanha Firme e Forte Osteoporose é alertar e orientar a população sobre a importância da prevenção e combate à osteoporose, doença silenciosa, tão perigosa quanto à hipertensão e que já atinge 10 milhões de brasileiros. As ações estão programadas para acontecer até o fim de 2012, trazendo informações sobre a doença, ações de alerta para mudança de hábitos de vida e alimentares, além da prevenção.
É uma iniciativa inédita da Abrasso – Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo e conta com o apoio do Ministério da Saúde, da International Osteoporosis Foundation (IOF) e da Federação Nacional e de Associações de Pacientes e de Combate à Osteoporose (Fenapco). Para saber mais sobre a campanha, basta acessar o link: http://sejafirmeforte.com.br. Lá é possível encontrar informações, entrevistas e muitas dicas sobre o tema.
