Você já ouviu falar em colonterapia ou hidrocolonterapia? Os nomes podem ser mais elaborados, mas, na prática, esses métodos são muito parecidos com a boa e velha lavagem intestinal. A promessa é eliminar toxinas, reequilibrar a flora intestinal e até ajudar a perder alguns quilos. Mas será que esses benefícios existem mesmo ou você está prejudicando sua saúde sem saber? Descubra a seguir.
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Como é feita a lavagem intestinal?
O coloproctologista Fábio Guilherme Campos, presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia, explica que uma lavagem intestinal normalmente é feita com produtos comerciais facilmente encontrados em farmácias. São frascos que contém soro fisiológico, substâncias osmóticas e um aplicador na ponta, que deve ser introduzido no ânus.
Quando inserido na região anal, o líquido desencadeia o reflexo da evacuação. De maneira geral, depois de alguns minutos ocorre a evacuação, forçando a saída de todo o conteúdo do reto e da parte final do intestino.
No caso da colonterapia, também chamada de hidrocolonterapia, o procedimento pode ser feito através de um aparelho ,que dispara jatos de água, e duas sondas: uma que leva o líquido para dentro do corpo e outra que retira as fezes.
Quando é necessário fazer uma lavagem intestinal?
O especialista explica que o método pode ser usado antes de exames como a retoscopia e a colonoscopia para facilitar a investigação de doenças na região. A lavagem intestinal também pode ser feita quando não for possível evacuar nem com a ajuda de laxantes. Nesses casos, o método ajuda a esvaziar o reto e aliviar o desconforto.
O coloproctologista explica ainda que terapias que prometem fazer uma lavagem intestinal e limpar o organismo ou reequilibrar a flora intestinal não têm nenhum fundamento médico. “O intestino contém fezes, que têm muitas bactérias e que convivem normalmente em equilíbrio”, conta. “Mesmo que seja necessário, a lavagem não consegue reequilibrá-las”. Nesse caso a utilização de alimentos específicos e probióticos são opções melhores.
Riscos da lavagem intestinal
Fábio Guilherme ressalta ainda que a lavagem intestinal, principalmente se feita da maneira errada e por pessoas sem a formação necessária, implica em riscos como desidratação, infecção, perfuração do intestino e lesão do reto pela lavagem demorada.
Por isso, procure por profissionais habilitados, como coloproctologistas e enfermeiros, para passar pelo procedimento com todos os cuidados, inclusive de higiene.
