Jejum para exame de sangue: laboratórios deixam de solicitar que paciente fique sem comer

por | jun 30, 2016 | Saúde

Há alguns anos, era comum que, ao fazer qualquer exame de sangue, se ficasse sem comer nada por 12 horas. Hoje, com o avanço da ciência, nem sempre é necessário parar a alimentação por todo esse tempo. Veja a seguir o que mudou no tempo de jejum necessário antes de fazer exame de sangue.

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Motivo da redução do tempo de jejum

O avanço da tecnologia permitiu que o jejum antes de exames de sangue fosse abandonado em alguns casos. (Imagem: Thinkstock)

O médico patologista Cláudio Pereira, diretor de Análises Clínicas do Delboni Medicina Diagnóstica, conta que há muito tempo sabe-se que alguns dos exames de laboratório mais comuns não necessitam de jejum. Na última década, com o avanço das metodologias e dos equipamentos usados nos laboratórios, a necessidade de jejum tem se tornado mais limitada ainda. ‘Nos últimos três anos, vários trabalhos científicos demonstraram que mesmo para os exames que medem os lipídios, como colesterol total, HDL colesterol e LDL colesterol, o jejum pouco altera o valor da informação para as decisões clínicas’, explica.

Exames que ainda precisam de jejum

Há dois exames muito frequentes que usualmente requerem jejum de 8 a 12 horas: as dosagens da glicose e dos triglicerídeos. ‘Os médicos podem solicitar estes exames também sem jejum, mas o mais comum na prática clínica de hoje é parar a alimentação’, explica Cláudio Pereira. Outros exames menos comuns também necessitam de jejum: dosagem de insulina, peptídeo C, homocisteína, gástrica, apolipoproteínas, entre outros.

Exames que não precisam mais de jejum

O colesterol total, o HDL colesterol e o LDL colesterol dosado pelo médico direto, o hemograma, os hormônios como TSH, T4 e vários outros e os exames bioquímicos como ácido úrico, ureia e creatinina não precisam mais de jejum.

‘Devemos sempre seguir as recomendações dos médicos que solicitaram os exames. Os exames laboratoriais são ferramentas muito úteis para o diagnóstico clínico, mas o especialista responsável deve ter sempre a última palavra, pois é ele que utiliza as informações como complemento ao exame clínico e à história do paciente’, ressalva o especialista.