Pode falar com sinceridade: você já deve ter atrasado algum tipo de compromisso porque ficou checando o celular mais tempo do que deveria ou lendo alguma matéria aqui no VIX, não é verdade? Mesmo que o segundo caso seja completamente justificável, é bem possível que você tenha agido por pura procrastinação – o ato de deixar tudo para outra hora.
Não precisa se sentir mal, porque segundo dados divulgados no recente livro “Seja Mais Produtivo Agora”, de Ana Prado, entre 80% e 95% de estudantes universitários dos Estados Unidos exercem a arte de deixar compromissos para outro momento e desperdiçar o tempo com outra coisas em momentos errados.
Porém, é bom prestar bastante atenção. “Se você procrastina a ponto de colocar seu trabalho ou suas relações em risco, ou a ponto de prejudicar outras pessoas com quem se relaciona, então pode ser considerado algo patológico”, explica a autora em sua obra.
Como funciona o cérebro durante a procrastinação
Várias pesquisas dão conta que nosso cérebro responde melhor a estímulos de prazer a curto prazo. Dessa forma, nossa cabeça busca procrastinar sempre que se vê diante de alguma tarefa que não deseja executar naquele momento. Nossos planos e objetivos são traçados pela área do cérebro chamada de córtex pré-frontal.
Racionalmente, traçamos planos e objetivos a longo prazo, porém a impulsividade e baixa autoestima podem atrapalhar nesse processo. Como, muitas vezes sem perceber, nós damos prioridade para o que gera resultado mais rapidamente, deixamos os planos futuros para outro momento e, impulsivamente, ligamos a TV para assistir ao programa preferido.
“Não se trata de um mero problema de administração do tempo ou de perfeccionismo. É um problema de autocontrole”, explica a autora do livro. Essa espécie de atalho que nosso cérebro busca para encontrar resultado/prazer imediato precisa ser evitado. E a única forma, segundo especialistas, é encarar a tarefa de uma vez.
Baixa autoestima pode causar procrastinação
Outro fator emocional ligado à procrastinação é a confiança que a pessoa precisa ter em relação à tarefa a ser executada. “Procrastinadores geralmente têm menos confiança em si mesmos e menos expectativa de que conseguirão completar uma tarefa – assim, se esforçam menos em completá-la”, observa Prado.
Uma analogia humorada feita pelo pesquisador Tim Urban fala que, em nosso cérebro, existem um timoneiro racional e um macaco que curte gratificações instantâneas. Você já deve saber qual escuta na hora de procrastinar, né?
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