Seja o racismo velado, expresso em piadas de mau gosto, por exemplo, ou escancarado em ofensas ditas em alto e bom som, suas marcas são permanentes. A ciência, que tem um relevante papel ao identificar sua presença na sociedade, acaba de fazer mais uma importante descoberta: a vítima de preconceito racial carrega o peso da discriminação por muito tempo e essas consequências afetam também sua saúde .
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O estudo
A pesquisa realizada por pesquisadores norte-americanos da Universidade de Northwestern usou dados de um estudo prévio, o Maryland Adolescent Development Context Study. Entre os participantes desse levantamento estavam adolescentes de diferentes classes sociais, que, na ocasião, foram questionados sobre episódios de racismo.
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Os estudiosos de Northwestern, então, avaliaram os níveis de hormônio cortisol, normalmente relacionado ao estresse, em alguns desses participantes, hoje adultos.
O que eles descobriram foi que as pessoas que disseram ter sofrido altos níveis de racismo quando mais jovens tinham as maiores quantidades de cortisol, especialmente os afro-americanos.
Efeitos do cortisol
O cortisol, comumente chamado de hormônio do estresse, é importante para que o corpo mantenha um ritmo esperado, ou seja, para que você acorde de manhã, sinta-se bem-disposto para trabalhar e consiga descansar durante a noite. No entanto, em níveis elevados ele pode estar relacionado ao estresse que pode ser perigoso para a saúde e ter consequências graves, como insônia, doenças cardiovasculares, diabetes e depressão.