Crianças vítimas de racismo podem se tornar adultos doentes, diz estudo

por | jun 30, 2016 | Saúde

Seja o racismo velado, expresso em piadas de mau gosto, por exemplo, ou escancarado em ofensas ditas em alto e bom som, suas marcas são permanentes. A ciência, que tem um relevante papel ao identificar sua presença na sociedade, acaba de fazer mais uma importante descoberta: a vítima de preconceito racial carrega o peso da discriminação por muito tempo e essas consequências afetam também sua saúde .

Leia também
14 expressões ABSURDAS que você fala sem se dar conta
Famosos que já sofreram discriminação: você sabe quais são?
Assédio sexual: mulher, a culpa não é sua

O estudo

A pesquisa realizada por pesquisadores norte-americanos da Universidade de Northwestern usou dados de um estudo prévio, o Maryland Adolescent Development Context Study. Entre os participantes desse levantamento estavam adolescentes de diferentes classes sociais, que, na ocasião, foram questionados sobre episódios de racismo.

Os estudiosos de Northwestern, então, avaliaram os níveis de hormônio cortisol, normalmente relacionado ao estresse, em alguns desses participantes, hoje adultos.

O que eles descobriram foi que as pessoas que disseram ter sofrido altos níveis de racismo quando mais jovens tinham as maiores quantidades de cortisol, especialmente os afro-americanos.

Efeitos do cortisol

O cortisol, comumente chamado de hormônio do estresse, é importante para que o corpo mantenha um ritmo esperado, ou seja, para que você acorde de manhã, sinta-se bem-disposto para trabalhar e consiga descansar durante a noite. No entanto, em níveis elevados ele pode estar relacionado ao estresse que pode ser perigoso para a saúde e ter consequências graves, como insônia, doenças cardiovasculares, diabetes e depressão.