O empresário João Paulo Diniz morreu no último domingo (31) aos 58 anos. A causa da morte ainda não foi confirmada, mas de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a suspeita da família é que ele tenha sofrido um infarto fulminante.
João Paulo convivia há anos com uma doença cardíaca, como revelou seu pai, Abilio Diniz, em seu livro “Caminhos e escolhas”, de 2004, a miocardiopatia hipertrófica. Trata-se de uma doença que pode, em alguns casos, apresentar poucos ou nenhum sintoma.
João Paulo Diniz passou por períodos delicados da doença
O pai do empresário, Abílio Diniz, escreveu em seu livro sobre o diagnóstico de miocardiopatia hipertrófica do filho. Na ocasião, ele escutou o médico que acompanhou o quadro do empresário.
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“Eu acompanhei um caso muito grave pelo qual o João Paulo passou anos atrás. Ele teve diagnosticada uma hipertrofia do miocárdio. Trata-se de uma doença congênita no coração que costuma matar atletas. No caso do João, que é atleta, foi recomendado que não praticasse mais nenhum tipo de esporte. Nada. Nem atravessar a rua correndo ele podia, sob pena de morrer de um ataque fulminante”, disse o especialista.
Miocardiopatia hipertrófica pode gerar morte súbita, mas casos são raros
De acordo com a instituição de saúde norte-americana Mayo Clinic, a miocardiopatia hipertrófica é uma doença comumente congênita e genética na qual o músculo do coração torna-se mais espesso, fazendo com que o bombeamento de sangue seja mais difícil. Há casos, no entanto, que a alteração se instala em resposta a outros quadros de saúde, como hipertensão arterial ou envelhecimento.
Em muitos casos a doença dá poucos ou nenhum sinal e sintoma e, por isso, ela acaba não sendo diagnosticada. No entanto, em um pequeno número de pessoas ela pode causar dor no peito, falta de ar, alterações nos impulsos elétricos cardíacos, gerando arritmia e até mesmo morte súbita.
A morte súbita cardíaca é rara, mas pode acometer pessoas de qualquer idade que sejam portadoras da doença. Os órgãos de saúde apontam que este pode, inclusive, ser o primeiro sinal da doença e acometer pessoas jovens e ativas.
Diagnóstico, prevenção e tratamentos da miocardiopatia hipertrófica
Segundo a instituição de saúde norte-americana Cleveland Clinic, para obter um diagnóstico é essencial uma visita a um especialista. O médico pode pedir exames como ecocardiograma, exames de sangue e exames de imagem como radiografias e ressonância.
Por se tratar de uma doença majoritariamente congênita, os métodos de prevenção para miocardiopatia hipertrófica são limitados. Mas a doença pode ser tratada com mudanças no estilo de vida, medicamentos e, em alguns casos, cirurgias. Em muitos casos, há a possibilidade de ter uma vida sem limitações.
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