O ator Bruno Gagliasso precisou passar por uma cirurgia de emergência nesta terça-feira (26). De acordo com boletim médico divulgado pela assessoria de imprensa do Hospital Vitória, no Rio de Janeiro, onde protagonista de “O Sétimo Guardião” está internado, o paciente deu entrada na unidade de saúde devido a um quadro de cálculo renal e seu estado de saúde é estável.
Entretanto, por conta da intercorrência, Gaglisso foi afastado das gravações da novela das 21h. Segundo a assessoria de imprensa da Globo, o cronograma de gravações será adaptado até o retorno do ator – que depende da liberação do hospital e, portanto, ainda não tem previsão para acontecer.
Cálculo renal: entenda o caso de Bruno Gagliasso
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Cálculo renal, ou a popularmente conhecida pedra no rim, é o nome dado à cristalização de sais minerais presentes na urina.
A presença de pedras nos rins está associada à perda excessiva de líquidos por meio do suor, da ingestão de pouca água, uso incorreto de medicações, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, vida sedentária, estresse e predisposição genética.
Estima-se que 15% da população mundial apresente o quadro clínico. No Brasil, o número varia entre 5 e 12%, sendo os homens entre 20 a 40 anos de idade os mais atingidos.
No verão, a incidência de pedras torna-se 20% maior do que no resto do ano, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), já que, durante o calor, suamos mais e, consequentemente, urinamos menos.
“Com as temperaturas elevadas, transpiramos mais, e a ingestão de água nem sempre compensa a perda de líquido no organismo”, explica o nefrologista Daniel Rinaldi dos Santos.
Riscos do cálculo renal
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O cálculo renal está associado ao desenvolvimento de doenças crônicas bastante frequentes.
Dentre elas, destacam-se a hipertensão arterial, o diabetes, a síndrome metabólica, doenças cardiovasculares como o infarto agudo do miocárdio e a insuficiência renal crônica, que pode levar à perda dos rins.
Recorrência de pedras
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Esta não é a primeira vez que Bruno Gagliasso é acometido por um quadro de cálculo renal. Em 2015, o ator precisou passar por uma cirurgia de remoção de pedras e dois anos depois foi preciso realizar um novo procedimento depois que novos cristais se formaram.
A formação de novas pedras depois que as antigas são retiradas do organismo é, de fato, algo muito comum desse quadro clínico.
“Para os pacientes que já tiveram o problema, vale lembrar a importância de acompanhamento especializado, uma vez que a recorrência aproximada é de até 50% em 5 anos”, recomenda o urologista José Perandré Neto, da Clínica Plena.
Sintomas da pedra no rim
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Dores intensas nos rins ou a presença de sangue na urina são os sintomas mais conhecidos e sugestivos do cálculo renal. Porém, não são os únicos.
Redução do fluxo urinário, sentir mais vontade de fazer xixi e o desenvolvimento de infecções urinárias também são consideradas sinais do quadro clínico.
Tratamento do cálculo renal
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Caso os sintomas do cálculo renal sejam notados, o recomendado é que um médico seja procurado para a realização do diagnóstico do quadro.
Para confirmar a presença de cristais no rim, exames de imagem e dosagens sanguíneas e urinárias de substâncias como o cálcio, ácido úrico, oxalato, citrato, sódio, potássio e magnésio, entre outros, ajudam no processo.
“Esses métodos oferecem informações importantes sobre o tamanho e localização das pedras e as alterações do metabolismo responsáveis pela sua formação”, afirma dos Santos.
O tratamento envolve uso de medicamentos e as pedras podem ser eliminadas, naturalmente, através do xixi. Há casos, entretanto, em que é necessário procedimentos cirúrgicos para a remoção dos cristais.
Prevenção
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Ingerir muita água é o primeiro passo para afastar a doença, especialmente no verão. O recomendado é o consumo de 2 litros diários da bebida.
Vale a pena, também, evitar o excesso de vitamina C, de sal, de proteínas, de frutose e de açúcares e optar por uma dieta rica em fibras e frutas.
Embora muitos considerem evitar o consumo de cálcio para prevenir a formação de pedras nos rins, esse pensamento não é efetivo.
“Curiosamente, apesar de a maioria dos cálculos serem compostos por cálcio e surgirem devido ao excesso deste componente na urina, não há necessidade de restringir seu consumo na dieta”, afirma dos Santos. “A restrição, aliás, pode ser prejudicial. Se a pessoa já está perdendo cálcio em excesso na urina e não o repõe com a dieta, seu organismo vai buscar o cálcio de que precisa nos ossos, podendo levar à osteoporose precoce”, complementa o urologista.
Para evitar a formação de cálculo, o paciente não deve fumar e precisa controlar a pressão arterial e o diabetes.
Pedra no rim
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