Em meio à pandemia do novo coronavírus e a flexibilização da quarentena em algumas cidades do Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, na última terça-feira (2), a realização de testes clínicos de uma potencial vacina contra COVID-19 com 2 mil brasileiros. A vacina em questão é britânica e, até agora, se mostrou segura nas primeiras fases de testagem, tanto em animais quanto em humanos.
Potencial vacina contra COVID-19 será testada no Brasil
A autorização da Anvisa, publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.), dá permissão para que se realize testes com uma potencial vacina para COVID-19 desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, e, em São Paulo, eles serão conduzidos tanto pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) quanto pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).
Segundo a nota da Unifesp, o Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar testes com a vacina – que já passou por estudos iniciais tanto clínicos quanto não clínicos. Quando testada em animais e em humanos, a ChAdOx1 demonstrou ser suficientemente segura para passar por mais testes, visando que, eventualmente, ela seja viabilizada como forma de prevenir o SARS-CoV-2.
Conforme explica a Anvisa, a vacina em questão utiliza uma versão enfraquecida do resfriado comum (adenovírus) que contém material genético da proteína do SARS-CoV-2, visando a resposta imune com apenas uma dose, sem provocar infecção contínua nos pacientes. A ideia, de acordo com a Unifesp, é que sejam recrutadas mil pessoas de São Paulo e mil do Rio de Janeiro para participar do processo.
Para participar do teste (cujo recrutamento ainda não começou), os voluntários precisam ser soronegativos – ou seja, não podem ter contraído COVID-19. Até agora, não há informações sobre qual instituição coordenará os testes no Rio de Janeiro.