4 finalidades para a Aspirina que você não conhecia

por | jun 30, 2016 | Saúde

Aspirina é provavelmente o remédio mais comum que existe: ela está em praticamente todas as frasqueiras, nécessaires, bolsas e caixas de primeiros socorros. Basta uma dor de cabeça fora de hora para lançar mão do comprimido branco composto por ácido acetilsalicílico, cuja marca mais conhecida é a Aspirina. Mas além de ser um poderoso analgésico, os avanços da ciência mostraram que esse medicamento, também atua em outros problemas. O benefício está principalmente na ação anti-inflamatória da Aspirina.

Leia também

Reconheça os primeiros sinais da depressão

Cansaço e náusea podem ser sinais de infarto

Excesso de peso pode aumentar o risco de câncer de mama

Mesmo que as pesquisas recentes indiquem que o ácido acetilsalicílico tem mais efeitos positivos do que imaginávamos, ela não deve ser tomada em excesso ou sem orientação médica. Como todo medicamento, há contraindicações e efeitos adversos. Entre as complicações mais comuns estão hemorragia interna, tonturas, úlcera e perfuração do estômago.

Doenças que podem ser prevenidas com o uso de Aspirina

Câncer

Uma recente pesquisa, realizada pela Queen Mary University of London, revisou dados de outros 200 estudos sobre os benefícios e malefícios do ácido acetilsalicílico. Os pesquisadores chegaram à conclusão de que 130.000 mortes poderiam ter sido evitadas, durante um período de 20 anos, caso pessoas de 50 a 64 anos tivessem tomado uma Aspirina por dia durante 10 anos – os efeitos do medicamento se estenderiam por mais uma década. O motivo está na descoberta de níveis elevados da enzima COX-2, inibida pelo ácido acetilsalicílico, no tecido canceroso.

Os casos de câncer de intestino poderiam ter sido reduzidos em 40%, de estômago em 35% e de esôfago em 50%. Mortes por câncer de pulmão e próstata seriam reduzidas em 15% e, por câncer de mama, em 5%.

Depressão

Alguns pesquisadores acreditam que a depressão e a inflamação podem estar relacionadas, o que significa que as propriedades anti-inflamatórias do ácido acetilsalicílico podem ser benéficas nesses casos. Um estudo publicado no Journal of Psychotherapy and Psychosomatics acompanhou 386 mulheres por 10 anos. Apenas 22 delas tiveram depressão depois dos 50 anos. Apenas uma mulher que apresentou depressão depois dos 50 tomava Aspirinas, mas quase um terço do grupo que não teve depressão tomava o medicamento.

Alzheimer

Alguns estudos encontraram níveis elevados da enzima COX-2 no tecido cerebral de pessoas com doença de Alzheimer e sugeriram que este, que é o tipo mais comum de demência, pode ter uma causa inflamatória. O Cache County Study, realizado nos Estados Unidos, acompanhou mais de 3.000 pessoas e indicou que a Aspirina e outros anti-inflamatórios podem reduzir o risco de Alzheimer em 23%.

Doença cardíaca

O ácido acetilsalicílico reduz a inflamação dos vasos que irrigam o coração e, por isso, reduz o risco de formação de coágulos. A recomendação da American Heart Association para pessoas com alto risco de doença cardíaca e pessoas que já sofreram um infarto é que tomem uma pequena dose de Aspirina por dia.