Comer uma banana por dia preveniu câncer em 60% das pessoas com síndrome que predispõe à doença

Um novo estudo mostrou que comer uma banana por dia pode ajudar na prevenção de cânceres. A pesquisa acompanhou pessoas que sofriam de síndrome de Lynch, uma condição hereditária que aumenta o risco do desenvolvimento da doença.

Amido

ajuda prevenir desenvolvimento de câncer

O estudo, feito por estudiosos das universidades de Newcastle e Leeds, ambas do Reino Unido, publicado na revista científica Cancer Prevention Research, mostrou que a fruta pode auxiliar pessoas portadoras da síndrome de Lynch, uma condição genética que aumenta o risco do desenvolvimento de cânceres antes dos 50 anos, a não terem a doença.

Os pesquisadores concluíram que doses do amido, como o presente na banana, reduziram a frequência de cânceres em pelo menos 60%.

Truque ajuda a manter a banana madura por mais tempo — Hazal Ak/Getty Images/iStockphoto

Os cientistas monitoram mil pacientes que receberam 30 gramas do amido, o equivalente presente em uma banana, por cerca de 20 anos. Eles notaram que o número de casos da doença foi significativamente mais baixo em comparação aos que receberam placebo.

“Descobrimos que o amido resistente reduz uma série de cânceres em mais de 60%. O efeito foi mais óbvio na parte superior do intestino. Isso é importante, pois os cânceres do trato gastrointestinal superior são difíceis de diagnosticar e muitas vezes não são detectados precocemente”, explica John Mathers, principal autor do estudo, em comunicado à imprensa.

Os cientistas recrutaram os participantes entre os anos de 1995 e 2005, e dez anos depois analisaram a incidência dos cânceres, mas não notaram diferenças. No entanto, nos dez anos seguintes os efeitos positivos foram detectados.

Dentre as 463 pessoas do grupo que tomaram o amigo, apenas 5 casos de câncer foram encontrados. Em contrapartida, dos 455 indivíduos que receberam placebo, 21 diagnósticos foram feitos.

“Acreditamos que o amido resistente pode reduzir o desenvolvimento do câncer, alterando o metabolismo bacteriano dos ácidos biliares e reduzindo os tipos de ácidos biliares que podem danificar nosso DNA e, eventualmente, causar câncer. No entanto, isso precisa de mais pesquisas”, acrescenta o documento.