Saiba como identificar a atuação dos medicamentos pela cor da tarja

por | jun 30, 2016 | Alimentação

Saber ler e identificar a atuação dos medicamentos pela cor da tarja é fundamental e em muitos casos pode salvar vidas. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas, a automedicação é responsável por cerca de 20 mil mortes ao ano no país. Muitas vezes as pessoas deixam de ler a bula contida nos medicamentos ou os compram sem receita médica.

Para evitar riscos, especialistas destacam que ficar atento às tarjas é essencial. A comercialização de remédios no Brasil é classificada pela cor da tarja estampada na embalagem, conforme determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). De acordo com o clínico geral André Negrão, do Hospital e Maternidade São Luiz, a grande preocupação quanto ao consumo de medicamentos é quanto ao efeito colateral apresentado. “A tarja é o detalhe mais importante do medicamento, por apresentar sua intensidade de atuação no organismo”.

André Negrão ensina e explica as diferenças entre as cores das tarjas. Veja:

Remédios sem tarja: são considerados de “venda livre” e raramente têm contraindicação. “Esses medicamentos têm baixos efeitos colaterais, quase nulos no organismo, e não necessitam de prescrição médica. Ainda assim, vale consultar o farmacêutico sobre suas propriedades”, explica o clínico geral.

Tarja vermelha: “exigem apresentação de receita médica e representam 65% do mercado de medicamentos no país”, esclarece André Negrão. Apesar de causarem efeitos colaterais leves, recentemente a Anvisa solicitou que houvesse maior controle em suas vendas e distribuição. O órgão pretende implantar um regime mais severo de fiscalização e educação sobre os riscos de se automedicar.

Tarja preta: são controlados e requerem fiscalização rigorosa, pois agem diretamente no sistema nervoso, com efeito sedativo, podendo causar vício e dependência. “A prescrição médica é exigida para sua compra e retida após a entrega do medicamento”, lembra o clínico geral.

De acordo com o especialista, o ideal é que exista a orientação médica de qualquer medicamento, mesmo aqueles sem tarjas. “Também é importante que o paciente verifique os prazos de validade do remédio e a proteção do lacre da embalagem”, finaliza.