Medicina ortomolecular

por | jun 30, 2016 | Alimentação

Ninguém duvida que o organismo precise de vitaminas e sais minerais para permanecer saudável e se proteger de doenças. O que vem causando polêmica é a forma com que esses componentes vêm sendo repostos pela medicina ortomolecular, com promessas de uma vida melhor e uma pele cada vez mais jovem. O objetivo desse ramo alternativo da medicina pode parecer simples – a busca pelo reequilíbrio celular -, mas o que se vê como resultado nos tratamentos é uma melhora substancial na qualidade de vida, o que retarda inclusive o tão temível envelhecimento. “É uma opção de caráter preventivo. Ela melhora a irrigação, oxidação celular, enfim, gera qualidade de vida em todos os setores, tanto físico quanto emocional. Com a medicina ortomolecular nós damos vida aos anos, e anos à vida”, define o Dr. Mário de Acioli, do Centro de Medicina e Terapia Ortomolecular da Bahia.

E os elementos que compõem essa suposta fórmula mágica e são os responsáveis pelos sucesso da medicina ortomolecular nada têm de milagrosos. Na verdade, eles são figurinhas fáceis no nosso dia-a-dia, só que nem sempre aparecem em nosso organismo na quantidade ideal. Estamos falando de vitaminas, sais minerais e aminoácidos. “Costumo dizer aos meus pacientes que faço aplicação da bioquímica, que nada mais é que nutrir as células. Com a reposição dos nutrientes, o sistema corporal se torna mais saudável, o complemento vitamínico resolve todos os problemas. Remédio é só para quem fica doente”, sentencia o Dr. Francisco Silveira, presidente da Sociedade de Medicina Ortomolecular do Rio de Janeiro.

Mas é principalmente a partir dos 30 anos que homens e mulheres recorrem à medicina ortomolecular. Segundo o Dr. Allecxander Soares, especialista na veterinária ortomolecular, o organismo realmente começa a envelhecer depois dos 25 anos. No entanto, bem antes da casa dos 40 as mulheres passam a conviver com a TPM, outro problema comum que pode ser controlado com reeducação alimentar e reposição vitamínica. “Cada pessoa tem uma dosagem específica e deficiência de certos elementos no corpo. Em uma consulta clínica normal, se faz um levantamento do histórico do paciente e se constata quais as vitaminas que estão em falta. Os benefícios são totais já que, dessa forma, também prevenimos doenças. As pessoas devem estar sempre atentas de que prevenir é melhor do que remediar”, comenta Allecxander.

Dados estatísticos comprovam a eficácia do tratamento, reforçada ainda mais pela ausência de contra-indicações e de efeitos colaterais. Segundo os especialistas, mesmo com uma superdosagem de vitaminas, não há nenhum risco: a deficiência delas é que se torna o problema. “As vitaminas são utilizadas para repor e somar. As pessoas podem continuar com seus médicos. A medicina ortomolecular é alternativa e concreta. A satisfação de todos meus clientes é a prova a toda classe médica que não concorda com a utilização de compostos vitamínicos complementares”, afirma Mário Aciolly.

E esse grupo de médicos contra a medicina ortomolecular não é pequeno. Para o Dr. Allecxander, a formação universitária é uma das grandes culpadas por essa visão distorcida a respeito de métodos alternativos de tratamento. “As universidades de medicina, em sua grande maioria, são patrocinadas pelos principais laboratórios de remédios. A formação desse profissional está intimamente ligada à venda desses remédios. É um dado alarmante, mas 90% dos médicos que exercitam a profissão nos dias de hoje não confiam na medicina alternativa como um todo. Essa falta de conhecimento prejudica as pessoas, que acabam sem ter contato com eficazes tratamentos de prevenção que só trazem uma melhora na qualidade de vida”, afirma ele, rebatendo as críticas.

Já para o Dr. Francisco, além das universidades, a mídia é outra aliada das grandes empresas, já que não divulga os malefícios de certos alimentos. “A falta de conhecimento é prejudicial para o público consumidor que em um futuro próximo, definitivamente, sofrerá as conseqüências. Por exemplo: na feira, 99% dos vegetais contêm agrotóxico. O leite, de qualquer tipo, destrói a flora intestinal. É um absurdo um médico mandar tomar várias doses diárias, a lactose torna o intestino vulnerável”, irrita-se o médico, que apelidou o frango vendido em qualquer supermercado de E.T, por conter uma grande quantidade de hormônio feminino e antibióticos que desestabilizam o intestino. Além disso, o aparentemente inocente franguinho promove, segundo ele, queda da libido, impotência e, em alguns casos, até câncer de mama. “A grande mídia não vai jamais divulgar esses dados ou fazer matérias sobre medicina ortomolecular, porque as empresas são grandes anunciantes. Já pensou colocar no ar que a Coca Light tem carga tóxica e que, a longo prazo, leva à destruição de neurônios? E que qualquer bebida com ácido fosfórico inibe a absorção de cálcio e contribui para a osteoporose? Seria o caos!”, indigna-se.

Um grande passo para que essas e outras informações atinjam o grande público será dado com a fundação de uma ONG, comandada pelo Dr. Francisco. No momento, o projeto está sendo estruturado com a formação de uma forte base jurídica para sustentar as idéias. “Nós damos para o corpo aquilo que ele necessita. Isto é um fato e os resultados não me deixam mentir. As pessoas têm que ter essa consciência e descobrir as maravilhas da medicina ortomolecular. O processo informativo é fundamental. A verdade é que médico nenhum cura ninguém. Só nós mesmos temos esse poder”, acrescenta Mário Aciolly.