É massa! > O preparo

por | jun 30, 2016 | Alimentação

Para garantir o sucesso nutricional (e de paladar!) do seu macarrão, o momento do preparo é um outro segredo a ser desvendado. Primeiro, para não cometer exageros, aprenda a calcular a quantidade certa por pessoa: “Para cada uma, calcule de 80 a 100 gramas de macarrão cru. Como o seu volume triplica depois de cozido, essa quantidade passará para 250 gramas”, ensina Edson Credidio.

Hora de cozinhar! No caso de massas secas, deve-se colocar na panela entre um litro e 1,5 litros para cada 100 gramas de massa. Adicione sal e um fio de óleo. “Mas você pode cozinhar só com sal e alho. Não precisa nem de óleo! E se fizer questão do azeite, muito cuidado com o excesso”, alerta Mônica Dalmacio.

Você também pode deixar uma molheira à parte para as pessoas que desejarem acrescentar mais molho à massa e a apresentação, é claro, também conta pontos. Procure servir em louças bonitas, que valorizem o prato e deixem as pessoas com água na boca

Antes de colocar o macarrão na panela, a água deve estar fervendo. Mexa suavemente só para deixar a massa cozinhar soltinha. Aí basta deixar no fogo entre oito e 10 minutos. Para saber se está no ponto certo, ou seja, al dente, é só experimentar. “Se, quando você der uma mordida, ver que a parte interna do macarrão está ficando branca, já é hora de desligar o fogo, lembrando que o cozimento continua mesmo depois de tirar a panela do fogão”, ensina Mônica. Em seguida, é só escorrer, acrescentar o molho de sua preferência e voi-la, está na mesa! “Qualquer massa deve ser servida imediatamente após o cozimento e já com o molho misturado”, frisa João Belezia. “Você também pode deixar uma molheira à parte para as pessoas que desejarem acrescentar mais molho à massa e a apresentação, é claro, também conta pontos. Procure servir em louças bonitas, que valorizem o prato e deixem as pessoas com água na boca”, revela.

Mas, se não for servir o macarrão logo depois de pronto, nem tudo está perdido. Fica a dica do nutrólogo Edson Credidio: mergulhe a massa em uma panela com água fria ou gelada e um pouco de óleo. Isso interromperá o processo de cozimento. Escorra, então, a massa, regue com o óleo, misturando para que não grude, e reserve até o momento de servir. No entanto, ainda é preferível servir na hora, porque, além de mais gostoso, fica mais nutritivo. “Lavar o macarrão em água fria, além de interromper o cozimento, libera todo o amido da massa devido ao choque térmico”, diz Mônica Dalmacio.

E se depois de tanto zelo ainda sobrar macarrão, não jogue no lixo, não senhora! “Pode-se utilizar a sobra em saladas, maioneses, sopas, em pratos que vão ao forno etc”, lembra Edson Credidio.

Não se enrole

Delícia! Chegou, finalmente, a hora de mangiare! Quer saber como aproveitar seu macarrão sem cometer gafes? A consultora de etiqueta Ligia Marques mostra as regras:

– Nunca corte o macarrão, nem para cozinhar! Sabe aquela mania de quebrá-lo para caber na panela? Livre-se dela! O chef João Belezia assina embaixo: “Cortar qualquer massa é crime inafiançável na Itália!”, brinca. No caso de um espaguete, o ideal é enrolar o fio usando apenas o garfo. Dessa forma, o molho se espalha pela massa uniformemente.

Comece a espetar pelas bordas do prato e não pelo meio. Para quem tem dificuldade, a colher pode servir de apoio na hora de enrolar, mas vale ressaltar que esse é um hábito mais rústico. E se sobrar aquele fiozinho de massa para fora da boca, já sabe, né? Nada de sugar! Ajude a colocá-lo para dentro com o garfo ou morda e quebre.

– Guardanapo, sempre no colo, a não ser que você esteja em uma cantina típica onde pode colocá-lo no pescoço. Em algumas, inclusive, o “babador” é oferecido ao cliente.

– Segundo a consultora de etiqueta, molhar o pão no macarrão ou no irresistível molho que sobra no prato não é feio. É horrível! Mas na França, por exemplo, limpar o prato com pão é um elogio ao chef. Na dúvida, deixe o hábito para os ambientes mais informais.

A rigor, macarrão não é considerado uma comida chique. Ainda assim, o vemos em muitas ocasiões nobres, porque é quase uma unanimidade de gosto. Aqui no Brasil, com certeza o prato fez a fama! Segundo José dos Santos dos Reis, presidente do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos do Estado de São Paulo – SIMABESP/ANIB, no quesito consumo ainda perdemos para a Itália, Venezuela e Estados Unidos, mas ele acredita que vamos crescer muito (calma, não para os lados!). “Temos espaço. As redes de fast-food e todo o mercado de refeições fora de casa têm contribuído em divulgar diversos sabores e tipos de massas, além de mostrar que ela não está mais restrita aos almoços familiares de domingo”, afirma. A gente, é claro, aproveita! Buon appetito!