Dor ou prazer?

por | jun 30, 2016 | Alimentação

Apesar de comum, a dor na hora da relação sexual é uma das últimas coisas que a mulher espera sentir. Afinal, o que nos move na busca do ato sexual é o prazer que ele proporciona, e dor e prazer normalmente não se misturam, não é mesmo?

Para a mulher que sofre com o problema, é importante fazer a diferenciação entre esses dois tipos de dor – superficial e profunda – pois suas causas são bem diferentes. Da mesma forma, o tempo de duração do problema também é importante

O ato sexual difícil ou doloroso pode ter várias causas. Essa condição é conhecida como dispareunia, podendo afetar tanto as mulheres quanto os homens. As mulheres podem descrever essa sensação de dor na hora da penetração – dispareunia superficial – ou depois dela, quando o pênis está inserido dentro da vagina – dispareunia profunda. Essa sensação de dor – que pode ter uma causa física ou até mesmo psicológica – é capaz de interferir na qualidade da vida sexual da mulher, causando transtornos como a diminuição e/ou falta de desejo sexual e até mesmo evitar ou interromper o ato. Por que ela vai querer transar se sabe que vai sentir dor na hora H?

Para a mulher que sofre com o problema, é importante fazer a diferenciação entre esses dois tipos de dor – superficial e profunda – pois suas causas são bem diferentes. Da mesma forma, o tempo de duração do problema também é importante. Uma mulher que desde a primeira relação sexual sempre sente dores é bem diferente daquela que nunca sentiu e agora sente.

Inflamações vaginais, doenças sexualmente transmissíveis, uso de produtos e vestiários íntimos inadequados, alergias e pouca lubrificação sexual são causas comuns da dor superficial, aquela que a mulher sente logo na entrada da vagina, no início da penetração. Quando existe um corrimento anormal, coceiras ou feridas na vagina ou a região é agredida pelo uso de algum produto inadequado, ela fica naturalmente mais sensível e sofre mais com o atrito causado pela penetração na hora da relação, levando à dor e a ardência, inclusive após a ejaculação.

Outro bom exemplo é a mulher que vai para a relação sexual sem estar com vontade e não fica suficientemente lubrificada. Ao se permitir a penetração vaginal sem estar muito bem lubrificada, a tendência é aumentar ainda mais o atrito que já existe e, conseqüentemente, a dor, o desconforto e a sensação de ardência depois. Não esqueçam de que a lubrificação vaginal é uma conseqüência direta da excitação da mulher, da sua vontade de fazer sexo e, é claro, do estímulo recebido. Por isso, a parceria sexual tem um papel tão importante! Caprichar nas preliminares é fundamental para essa boa lubrificação!

As dores profundas também podem ser causas físicas ou psicológicas. Infecções no útero e ovários, como as causadas pela doença inflamatória pélvica, cistos ovarianos volumosos, infecção urinária e até mesmo gases intestinais podem ser causas de dor profunda. Daí ser fundamental e indispensável a consulta ao ginecologista quando se percebe que algo de diferente está acontecendo com o nosso corpo. Só assim será possível identificar a causa do problema para tratá-lo corretamente!