Dia Internacional da Dança

No dia em que Kate Middleton tornou-se princesa de verdade e realizou o sonho de muitas mulheres, também comemoramos o Dia Internacional da Dança. Cá pra nós, ser bailarina também fez parte dos sonhos de boa parte das mulheres quando meninas. Seja por falta de tempo ou de condição financeira, muita aproveitam a estabilidade da vida adulta para, finalmente, iniciar as aulas.

A data especial foi criada em 1982 pelo Comitê Internacional da Dança da UNESCO como homenagem ao criador do balé moderno, Jean-Georges Noverre, que falesceu em 1810. Mas nem só o balé traz benefícios. Mover o corpo, seja com dança de salão, forró ou o bom e velho samba, é um ótimo exercício também para aquelas que já passaram dos 60 anos, além de liberar endorfina, um dos hormônios responsáveis pela sensação de prazer.

“A dança beneficia uma boa postura, aumenta a elasticidade, desenvolve a capacidade respiratória, a coordenação motora, o conhecimento sobre a arte, a música, a estética e, acima de tudo, aprimora a sensibilidade. O maior beneficio da dança e a alegria e o bem estar despertado por quem a pratica”, explica a professora e bailarina Betina Guelmann, que ensina balé clássico há 20 anos, para alunas de todas as idades. “Elas se sentem mais confiantes e sensuais”, completou.

Coordenadora do Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, Helena Matriciano faz coro com a colega e destaca, além do físico, os benefícios para a autoestima das bailarinas iniciantes. “A dança é tão completa e complexa que fica difícil enumerar seus benefícios. Penso que praticá-la pode ser uma forma lúdica de autoconhecimento, o que torna o indivíduo mais consciente de seu corpo, favorecendo sua saúde e enriquecendo suas relações pessoais”.

As mulheres mais maduras não têm o que temer! Apesar da ansiedade inicial das alunas, Helena afirma que seus benefícios são extensivos a todas que iniciem as aulas, mesmo que não se tornem bailarinas profissionais. “O balé trabalha, dentre outras coisas, a contração isométrica da musculatura, o alongamento e a musculatura mais profunda. Os benefícios de sua prática são extensivos à qualquer idade”.

Para quem deseja começar as aulas, não pode deixar de ir ao médico para saber se está pronta para o exercício. Não se engane: apesar da leveza, o balé exige muito da musculatura e é preciso muito cuidado para não ter lesões. “Se a pessoa nunca fez exercícios eu aconselho que faça um check-up, mas se está acostumada a se exercitar é só ter vontade de começar!”, incentiva Helena.

Sem limite de idade

Calçar sapatilhas e iniciar os primeiros passos só fez bem à Betty Bitter, de 62 anos. Ela começou a dançar quando pequena, mas parou. A decisão de voltar foi apoiada pelo marido e pelos filhos. “Todo mundo acha o máximo e incentiva! O maior benefício é o prazer que tenho durante a aula. Consigo me desligar e não pensar em nada! Esqueço todos os problemas, preocupações e vivo intensamente aquele momento. O benefício emocional que a dança traz é te desligar do mundo! Pra mente é maravilhoso. Saio feliz de ter feito a aula”.

Sem o compromisso e a tensão das bailarinas profissionais, mostrado no filme “Cisne Negro”, Betty conta que a aula torna-se um momento de explosão de sentimentos. “Sempre gostei, comecei cedo e considero um ótimo exercício. Ajuda as pessoas tímidas, elas se soltam na dança e não se preocupam com nada, estão ali livres, soltas. Você está ali por você mesma. Cada um faz um movimento diferente. Todo mundo deveria experimentar uma aula! É muito bom!”, dá a dica.

Para Flávia Souto, de 61 anos, a presença nas aulas é importante para manter o ritmo e não ficar perdida, além de aprender muito mais do que apenas ficar na ponta do pé. “Além da coordenação motora que o balé dá, você ainda tem o prazer de ter contato com a música clássica, que não ouço comumente. O convívio com outras pessoas também é muito bom! Conversamos sobre muitas coisas e como na aula tem alunas de todas as idades, acaba criando um intercâmbio de cultura muito legal!”.

E então? Não tem mais desculpa! Depois de uma avaliação médica, é só calçar as sapatilhas e sentir o prazer da dança, não só na data especial, mas sempre!

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