Temperaturas altas, chuvas intensas e falta de cuidado: a receita perfeita para o aumento de casos de dengue em todo o país. Se a doença já é motivo de alerta entre crianças, idosos e adultos, saiba que entre as gestantes o cuidado deve ser redobrado. “A infecção pelo Aedes Aegypti envolve risco de complicações, tanto para as gestantes quanto para os bebês”, alerta o Dr. Roger Dennis Rohloff, clínico geral e Chefe da UTI Materno-Fetal do Grupo Perinatal.
A dengue neonatal é preocupante, pois a ocorrência da doença viral nos bebês recém-nascidos de mães que contraíram o vírus pode acontecer no período de até dez dias antes do parto. “A doença pode passar através da placenta e comprometer a saúde da criança, apresentando complicações”, explica o clínico.
Apesar da gravidade, manter a calma é essencial. “Uma importante informação para pacientes com suspeita de dengue é que em sua fase inicial ocorre um intenso mal estar e raramente ocorrem complicações”, ressalta Dr. Roger. No entanto, procurar ajuda médica imediatamente é importante para que a doença não se torne ainda mais grave e não ponha em risco a saúde da mãe e do bebê.
Para as grávidas, as queixas que desencadeiam a suspeita da doença são as mesmas: dores musculares ou articulares, vômitos, dor abdominal, sensação de fraqueza intensa, dor atrás dos olhos e desidratação. O importante, porém, é não aguardar a evolução do vírus. “O curioso, e perigoso nas infecções por dengue, é que no período em que a febre diminui ou passa é que as complicações costumam ocorrer. Nesse momento é que podem surgir os denominados sinais de alerta”, acrescenta o clínico.
Prevenir é o melhor remédio. Para as mães, é indicado o uso de repelentes com moderação e sob orientação do médico. Outras medidas simples, como repelentes elétricos e roupas que protejam o corpo inteiro, amenizam os riscos de picadas do mosquito transmissor. Ah, e sempre fique atenta aos criadouros do mosquito.
