Beisebol e Softbol

por | jun 30, 2016 | Alimentação

Você pode até estranhar a prática desses esportes em terras brasileiras, mas o beisebol é muito popular em diversos países, principalmente nos Estados Unidos e no Japão – e foram justamente os norte-americanos e os imigrantes japoneses que trouxeram a atividade com bastão para cá. As origens, segundos historiadores, estão inicialmente em antigos jogos com bola e taco que foram evoluindo com o tempo. Mas a invenção “oficial” do beisebol se deu em 1839, em Cooperstown, Nova Iorque (EUA), pelas mãos de um cadete da escola militar de West Point. O softbol (inicialmente chamado de mushball, kittenball, diamondball e pumpkinball) é considerado uma versão ” light” do beisebol. A idéia surgiu em 1887, também nos Estados Unidos, quando o jornalista George Hancock propôs um esporte ao estilo do beisebol, mas que pudesse ser jogado em quadras fechadas. Nas Olimpíadas, o beisebol apareceu pela primeira vez em 1904, sendo incluído como modalidade (masculino) só em 1992. Já o softbol estreou no programa oficial em 1996, ficando estabelecido que seria disputado por mulheres, enquanto o beisebol permaneceria reservado aos homens. Em Pequim, porém, as duas modalidades se despedirão dos Jogos Olímpicos.

Descrição: Uma partida de beisebol tem nove entradas ( innings, que é como se conta o tempo), e é disputada por dois times de nove jogadores, que se revezam na defesa (arremessando a bola) e no ataque (rebatendo com o bastão). O time que está no ataque deve marcar pontos e é obrigado a ir para a defesa quando três de seus jogadores são eliminados. O objetivo do jogo é marcar pontos através de corridas em torno das quatro bases do campo. No softbol, poucas coisas mudam: entre elas os innings, que são sete, em vez de nove. A bola também é diferente – maior e mais leve -, enquanto o campo é menor. O preparador físico da seleção brasileira de softbol, Dennis Sawasato, lembra que a rebatida com o bastão é considerada o mais difícil fundamento entre os esportes.

Benefícios: Desenvolvimento da musculatura de braços e pernas, melhora da capacidade cardiorrespiratória e da coordenação motora. “Além de ser uma atividade física coletiva – que estimula o companheirismo, pois precisamos da companheira de time para pontuar, fortalece os músculos e ossos”, diz o preparador físico da seleção brasileira de softbol, Dennis Sawasato. As regiões mais trabalhadas em ambas as modalidades são as costas, o ombro, o cotovelo, as pernas (principalmente os joelhos), os glúteos e o quadril. Gastam de 250 a 300 kcal/hora. Nos dois esportes, são treinadas e desenvolvidas a capacidade de decisão, a visão periférica, a percepção espaço-temporal, a força, a velocidade (na corrida e na tomada de decisões), a coordenação motora, a capacidade de estudo minucioso do adversário e a capacidade de trabalho em equipe. “Além da superação, pela dificuldade da rebatida”, acrescenta Sawasato. Contra-indicações: Segundo o fisioterapeuta e técnico da seleção brasileira juvenil de beisebol Estevão Sato, o esporte exige preparo aeróbio e anaeróbio. “Com isso, é necessária uma avaliação detalhada dos atletas considerados cardiopatas. E como o esporte é praticado ao ar livre, também é importante o acompanhamento de quem tenha dificuldades respiratórias – asmáticos, por exemplo”, alerta. Sawasato afirma que não há limites de idade para o softbol: “É um esporte que podem jogar crianças, adultos e idosos, de ambos os sexos”. No softbol, os choques entre os jogadores são menos freqüentes.

Perfil do praticante: O ideal é contar com atletas mais longilíneos e bons de corrida. “Com relação à personalidade, observamos que os atletas observadores e ponderados têm melhores resultados no beisebol”, cita Estevão Sato. Não há idade ideal, contanto que haja proteção devida, mas crianças merecem mais atenção neste aspecto.

Aulas: Nas aulas de softbol e beisebol, é ministrada a iniciação de todos os fundamentos das modalidades: arremesso, recepção, defesa e rebatida, mais o aquecimento e o treino de corrida.