A aula de spinning costuma ser uma das mais populares nas academias, por queimar muitas calorias de forma dinâmica. Mas um estudo recente, publicado na revista científica “American Journal of Preventive Medicine”, sugere que é preciso ter atenção ao praticar o exercício, e mais ainda quem for iniciante.
Na pesquisa, médicos do Westchester Medical Center, de Nova York (Estados Unidos), analisaram três casos de pacientes com diagnóstico de rabdomiólise e os relacionaram com a prática de bike indoor.
O estudo americano analisou duas mulheres de 33 anos e um homem de 20 anos. Os três apresentaram dor nas coxas poucos dias após praticarem aula de spinning e sintomas como dores nos músculos, coxas, inchaço, náuseas, vômitos e urina escura. Inclusive, uma das mulheres praticou a aula somente por 15 minutos.
Aula de spinning pode levar a rabdomiólise
A rabdomiólise é uma doença rara, porém muito perigosa, e pode afetar praticantes de exercícios intensos, feitos exageradamente ou sem preparo adequado — como o spinning ou o crossfit.
A rabdomiólise é quando ocorre a morte das fibras musculares, por conta das lesões. O conteúdo das fibras é liberado na corrente sanguínea, como a mioglobina, substância que pode sobrecarregar os rins e provocar insuficiência renal aguda e, em casos extremos, causar até a morte.
Fatores de risco para a doença
Ao The New York Times, os pesquisadores norte-americanos garantem que não querem demonizar o spinning, tampouco desmotivar a prática de exercícios. Porém, é preciso que as pessoas comecem a respeitar mais os seus próprios limites.
Portanto, é preciso lembrar que, ao fazer tanto o spinning, como qualquer atividade física, a intensidade deve ser condizente com o condicionamento físico do praticante. A hidratação, proteção solar e vestimenta precisam ser adequadas às temperaturas e ao clima.
Além disso, é claro, é necessário fazer exames antes de iniciar qualquer esporte e respeitar o progresso do corpo na atividade.
Sinais da rabdomiólise
São muitos os sinais que o corpo dá quando está com rabdomiólise. Mas os mais comuns são dores e fadiga muscular, náuseas, febre, urina com coloração escura, falta de ar e inchaço.
Embora o relatório mencione outros 46 estudos sobre a doença relacionada aos exercícios físicos, ainda é uma condição rara. E vale ressaltar: o spinning não é a única atividade que pode condicionar o corpo para essa doença.
Um dos principais motivos é levar o corpo ao extremo do esforço, sem preparo físico para isso.