Cuidado: tomar melatonina para dormir sem ter indicação e acompanhamento de um médico oferece um grande risco à sua saúde. É o que alerta o psiquiatra Caio Bonadio.
Uma boa noite de sono é sinônimo de humor sob controle, alívio de estresse, metabolismo e hormônios regulados, capacidade de concentração e até mesmo manutenção e perda de peso. Considerando que o sono atua em tantas frentes, é possível ter uma dimensão de como a ausência ou a dificuldade para dormir nos afeta. Por isso, algumas pessoas recorrem à medicamentos para tentar recuperá-lo e, um deles, é a melatonina.
O que é melatonina?
De acordo com o especialista, a melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, que fica no cérebro.
Em uma pessoa normal, ela começa a ser produzida assim que o sol se põe, atinge o máximo de concentração na madrugada e volta a cair quando o sol nasce.
Ela é responsável por controlar o processo circadiano do nosso ciclo sono-vigília, ou seja, o “relógio biológico”.
Quando ela é utilizada como medicação?
O profissional explica que o hormônio da melatonina só é indicado em 2 situações na medicina do sono: transtornos do ritmo circadiano e transtorno comportamental do sono REM.
Outras situações em que ela pode ser usada: pacientes com câncer e dor crônica, crianças autistas com insônia, idosos com deficiência de produção de melatonina e pessoas com demência.
Contudo, o que vem acontecendo é que algumas pessoas com problemas para dormir estão recorrendo ao hormônio com automedicação, sob a justificativa de ser natural.
Riscos da melatonina
Ocorre que a melatonina é um hormônio e pode causar efeitos colaterais se utilizada de maneira indiscriminada. Caio explica ainda que quando a melatonina é utilizada na medicina do sono, a dose inicial é de 1mg e há pessoas administrando o hormônio já com 10 mg.
Os efeitos da melatonina mal utilizada no organismo pode gerar sonolência durante o dia, dor de cabeça, náusea e hipotermia. Efeitos colaterais menos comuns, mas ainda assim possíveis, incluem cãibras, irritabilidade, alterações cognitivas e redução da pressão arterial.
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