Poluição pode provocar ataque cardíaco

por | mar 2, 2012 | Saúde

Estar exposto com frequência à poluição pode provocar ataque cardíaco. Um congestionamento longo não é causa somente de estresse, o efeito pode ser direto na saúde cardíaca. Uma pesquisa americana mostra que a inalação dos poluentes e da fumaça que sai dos veículos levar o ser humano a sofrer um ataque do coração.

Outra pesquisa publicada pelo periódico inglês British Medical Journal, relata que o risco está nas partículas poluentes e no dióxido de nitrogênio, um gás que é liberado pelos veículos. Estar respirando esses elementos por muito tempo pode fazer com que o pulmão retenha-os, levando a um iminente ataque do coração 6 horas depois desta exposição, considerando, claro, outros fatores, como a própria condição cardíaca da pessoa. Entre os estudiosos do tema este é chamado “ efeito colheita da poluição”.

O resultado foi publicado depois de análise feita em 79.288 casos. O doutor Krishnan Bhaskaran, da Escola de Higiene e Medicina de Londres, desenvolveu a pesquisa no decorrer de 3 anos. Também foram medidos os efeitos dos níveis de ozônio, enxofre e monóxido de carbono. “ A maioria destes poluentes oferecem risco o suficiente para desencadear um ataque do coração 6 horas depois de uma exposição prolongada”, reiterou o responsável pelo estudo.

Outro especialista e estudioso do tema, o professor Jeremy Pearson, da British Heart Foundation, complementa que a poluição do ar pode ter outro efeito no corpo humano: engrossa o sangue. Com isso, as artérias podem ser obstruídas de um modo muito mais rápido, aumentando a possibilidade de se sofrer um ataque cardíaco, ou levando pessoas saudáveis a desenvolver uma doença do gênero.

Diante das informações, o professor orienta que aquelas pessoas diagnosticadas com problemas cardíacos devem manter-se afastados de locais poluídos sempre que possível, sob a hipótese de sofrer sérios riscos.

A advertência é reforçada pela realidade constatada: somente no Reino Unido a poluição do ar é a responsável por cerca de 29 mil mortes prematuras a cada ano.