O que os médicos não dizem aos diabéticos refere-se ao efeito dos carboidratos. Pessoas que foram recentemente diagnosticados com Diabetes Tipo 2 sabem que sua nutrição foi restringida de maneira drástica neste nutriente.
O conselho dado pelos médicos, por regra, baseia-se no fato de que os carboidratos se transformam rapidamente em glicose. E que portanto, deve haver uma redução significativa no consumo.
Não é bem assim. Principalmente para aqueles que estão acima do peso. O que se pode fazer é substutuir os alimentos gordurosos por carboidratos. Coma batatas cozidas em vez de hamburguer, por exemplo.
Aprofundando um pouco mais, há que considerar, ainda, a abordagem que se dá à dieta (sem tirar, em nenhum momento, a capacidade profissioal de médicos ou nutricionistas, para o tratamento desta condição). Mas a questão é: o seu organismo sofre com diabetes por que não produz suficiente insulina, ou por quê a insulina que produz não funciona de maneira eficaz?
A resposta à essa questão é muito importante, principalmente para aqueles que passaram a injetar insulina, ou a tomar medicamentos que impactam a produção de insulina, ou que forçam o pâncreas a produzir mais insulina.
No caso da Diabetes Tipo 2, pelo menos no início, o organismo pode produzir insulina, mesmo que de forma lenta. O que quer dizer que os carboidratos podem sim ser consumidos, mas aqueles que são processados de maneira mais lenta pelo corpo.
Esse tipo de carboidrato que é digerido lentamente está relacionado ao baixo índice glicêmico, como os grãos integrais e o legumes. Claro que há que saber bem o que se come nesta condição, pois muito nabo, por exemplo, por ter o mesmo efeito que um pedaço de bolo, em termos de aumento de açúcar.
Existe uma prática crescente onde diabéticos criam dietas com a presença do carboidrato, basta elucidar uma pouco mais essa situação com o médico.
Pois o que se deve evitar é misturar o consumo de gorduras e carboidratos ao mesmo tempo.
Comer uma refeição rica em carboidratos fará com que o fígado sinta a elevação dos níveis de açúcar no sangue, o que poderá impedir a conversão de seus estoques de glicogênio em glicose.
Uma refeição com alto teor de gordura e carboidratos, fará com que o fígado não sinta a carga de glicose, parando de liberar o açúcar. Essa situação acontece porque o fígado é “cego” para os níveis de glicose dos ácidos graxos, que são liberados na digestão de alimentos gordurosos.
Logo, comer muita gordura pode gerar produção excessiva de glicose pelo fígado, por pelo menos 72 horas.
E durante essas 72 horas, os níveis elevados de açúcar no sangue podem “desligar” as células musculares, tornando-as menos sensíveis à insulina na próxima vez que o diabético ingerir qualquer tipo de refeição, seja rica em carboidratos, seja rica em gordura.
O que é bom nessa história toda? Sabendo controlar, ou equilibrar este ponto X na dieta, os diabéticos podem começar a reparar a sensibilidade à insulina, conseguindo, por vezes, ficar ao nível das pessoas que não possuem diabetes.