Do tamanho de uma cápsula de vitamina, o menor marca-passo do mundo chegou ao Brasil com a promessa de inovar os métodos de implantação cardíaca. O Micra, desenvolvido pela Medtronic, não possui fios, tem uma bateria autônoma durável que pode superar uma década de funcionamento e é menos invasivo que os marca-passos tradicionais.
O dispositivo, que já é comercializado há 6 anos no mercado internacional, pode servir a pacientes com risco de complicações. A seguir, veja mais detalhes sobre o aparelho.
Menor marca-passo do mundo chega ao Brasil

Desenvolvido pela empresa Medtronic, o Micra, menor marca-passo do mundo, é uma prova dos avanços tecnológicos na medicina.
Com 20mm de comprimento — equivalente a uma cápsula de vitamina —, o dispositivo pesa apenas 2g.
Sem fios com eletrodos, o dispositivo é posicionado diretamente no músculo cardíaco de forma menos invasiva.
O Micra funciona tanto como sensor quanto como estimulador, ajudando a regular o ritmo cardíaco.
Implantação do marca-passo é menos invasiva

Ao invés de demandar uma incisão na área do peitoral, a peça é implantada por meio de uma inserção em um vaso sanguíneo na veia femoral, na perna do paciente.
Por meio desse acesso, os médicos inserem um cateter que conduz o dispositivo em segurança até o coração.
Aberto o caminho, outro cateter carrega o aparelho e o posiciona em seu local de destino. O Micra então se acopla no músculo cardíaco por meio de seus minúsculos ganchos.
Com design e método de implementação mais modernos, é esperado que o dispositivo diminua os riscos de complicações médicas e restrições pós-implantes.

O marca-passo tem bateria de lítio com duração prolongada, que pode durar entre 8 a 13 anos, segundo informações da fabricante. O dispositivo também possui um sistema eletrônico com microprocessador.
A bateria do dispositivo é mais autônoma, programada para entender e ajustar-se automaticamente às alterações cardíacas do paciente. Outro benefício do dispositivo é sua segurança para realização de exames de ressonância magnética.
O produto é indicado aos pacientes que não podem se submeter ao procedimento convencional, como portadores de disfunções renais, pacientes com câncer ou com a saúde debilitada em geral.