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Quadros de Covid longa podem ter grande relação com sedentarismo, diz estudo da USP

Segundo o trabalho científico, a falta de atividades físicas é presente em boa parte dos pacientes com Covid longa
Publicado 6 Fev 2023 – 05:03 PM EST | Atualizado 6 Fev 2023 – 05:03 PM EST
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Fadiga Crédito: VioletaStoimenova/Istock

A Covid longa, quadro em que pacientes seguem com sintomas de Covid-19 ou desenvolvem outros problemas relacionados à doença viral após a infecção, segue sendo estudado por es

A Covid longa, quadro em que pacientes seguem com sintomas da Covid-19 (ou desenvolvidos após a infecção) durante um longo período mesmo sem o vírus, segue sendo muito estudada - e, recentemente, mais uma hipótese de causa veio à tona.

De acordo com um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) feito com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a ocorrência da Covid longa pode ter relação com estilo de vida - mais especificamente com o sedentarismo.

O que causa Covid longa? Estudo relaciona quadro a sedentarismo


Segundo o trabalho científico, publicado no periódico Scientific Reports, pacientes com ao menos um sintoma persistente da infecção pelo coronavírus têm 57% mais chances de também serem fisicamente inativos. Entre pessoas que reportam cinco ou mais sequelas pós-agudas do SARS-CoV-2, esse número sobre para 138%.


Para o levantamento, um dos primeiros a avaliar o efeito da atividade física no contexto da Covid longa, os pesquisadores analisaram informações coletadas de 614 pessoas com idade média de 56 anos, todas com diagnóstico confirmado por testes laboratoriais.

A inatividade física foi definida pelos estudiosos seguindo o critério da Organização Mundial da Saúde (OMS), ou seja, menos de 150 minutos de atividade por semana. Os pesquisadores então cruzaram os dados envolvendo sintomas da Covid-19 com os critérios de sedentarismo para chegar aos resultados.


Dos pacientes analisados, 60% eram fisicamente inativos e muitos apresentavam altas taxas de comorbidades. Enquanto 58% tinham hipertensão, 35% foram diagnosticados com diabetes e 17% eram obesos. Além disso, 37% deles eram fumantes.

“Apesar de ser um estudo transversal, os resultados desta investigação destacam a importância de discutirmos e estimularmos a atividade física também durante a pandemia”, afirmou à Agencia Fapesp Hamilton Roschel, um dos coordenadores do Grupo de Pesquisa em Fisiologia Aplicada e Nutrição da USP.

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