Alimentação viva: saiba o que é e conheça os benefícios

Você já ouviu falar de alimentação viva? O movimento chamado raw food (comida crua) surgiu nos Estados Unidos na década de 90 e vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil. Não se trata de uma dieta, mas de um estilo de vida em que seus seguidores passam a comer apenas alimentos naturais, orgânicos e, de preferência, crus.

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Nutricionista seguidora do crudivorismo, Vivian Oliveira afirma que a alimentação viva busca nos reconectar à natureza, fonte primordial de alimentos. Ao reduzir o consumo de alimentos cozidos, processados, ricos em pesticidas, conservantes, açúcares e gorduras, diminuímos o risco de doenças crônicas, como obesidade, diabetes e problemas cardiovasculares. “O movimento raw food relembra que somos feitos de nutrientes e que nossa saúde e qualidade de vida depende do que comemos”, afirma.

Por que comer alimentos crus? 

Além das frutas e vegetais, as castanhas também são presença garantida na alimentação viva. Crédito: Thinkstock

“Quando submetemos um alimento a uma temperatura maior do que 43º C graus, perdemos grande parte dos nutrientes. Segundo o Instituto Max Planck (organização alemã de pesquisas científicas), ao cozinhar a comida você perde 50% das proteínas presentes, 70 a 90% das vitaminas e minerais e até 100% dos fitonutrientes, além de enzimas fundamentais para a boa digestão”, explica a nutricionista.

Adotar uma alimentação 100% crudívora é uma prática difícil e muito restritiva, por isso grande parte de seus adeptos come apenas partes dos alimentos in natura. “Consumindo 80% de alimentos crus (amornados ou desidratados a uma temperatura inferior a 43º C graus), estaremos consumindo alimentos com alto teor nutritivo”, relata a nutricionista.

Alimentos proibidos 

É importante ressaltar que a alimentação viva não é uma dieta a ser seguida, por isso não há restrição alimentar.”Não existe proibição de qualquer alimento. O que existe é uma consciência alimentar: a partir do momento em que você reconhece quais alimentos fazem bem à sua saúde, deixa, naturalmente, de consumir aqueles de menor qualidade”, afirma Vivian.

Grande parte dos praticantes da alimentação viva é vegetariana ou vegana, o que não significa que esta é uma regra a ser seguida. “Você pode muito bem respeitar seus hábitos alimentares e introduzir aos poucos técnicas e novos alimentos desse tipo de alimentação. As mudanças vão acontecer naturalmente”, afirma.

O que comer? 

Composto de vegetais e frutas, o suco verde é a base da alimentação viva. Crédito: Thinkstock

Os alimentos consumidos na alimentação viva são ricos em Energia Vital. Isso quer dizer que quanto mais orgânico e fresco, melhor. Alimentos fora da sazonalidade, refrigerados durante dias no supermercado ou que viajaram longas distâncias até chegar ao consumidor são evitados.

De acordo com a nutricionista, o suco verde é o “carro chefe” dessa alimentação.  “Para quem quer começar, sugiro introduzir este suco em jejum no período da manhã”. O suco verde é rico em vitaminas, minerais e fibras. Esta receita que combina frutas e vegetais desintoxica o organismo e ajuda o intestino a funcionar.

“Damos preferência por frutas, verduras, legumes, cereais integrais, castanhas, algas, sementes germinadas, brotos (girassol, lentilha, alfafa), leguminosas germinadas (feijões), óleo de boa qualidade (coco, linhaça) e alimentos fermentados. Comemos para nos mantermos saudáveis e bem dispostos, e não cheios de desequilíbrios e doenças”, enfatiza Vivian.

Benefícios da alimentação viva

Alimentos crus melhoram a qualidade de vida. Crédito: Thinkstock

O consumo de alimentos crus traz diversos benefícios à saúde: melhora a disposição, o bem-estar e pode até reverter a diabetes.  As fibras e os probióticos ( bactérias benéficas presente no fermentados) presentes em abundância na alimentação garantem a saúde do intestino, que tem a capacidade de melhorar a imunidade e aumentar a produção de serotonina e absorção de vitaminas.

“Além disso, com o consumo intenso de vegetais verdes, coloridos, brotos (ricos em clorofila e fitoquímicos) ocorre uma eliminação diária de toxinas e absorção intensa de nutrientes que fornecem bem-estar, saúde e longevidade. É importante termos a consciência de que nós somos os responsáveis por nossa saúde, mais ninguém”, finaliza Vivian.

Mais dicas de alimentação? Confira o vídeo sobre alimentação inteligente.